JURÍDICO
Comissão quer audiência com Itamaraty para dialogar sobre direito ao reagrupamento familiar
JURÍDICO
A Comissão Nacional de Relações Internacionais (CRIN) realizou no último dia 5 de agosto a sua primeira reunião. O tema dos direitos humanos teve grande destaque no encontro, em especial a questão do direito de reagrupamento familiar, que tem sido negado a imigrantes, sobretudo a haitianos residentes no Brasil. O vice-presidente da comissão, Bruno Barata, afirmou que o grupo pedirá uma reunião no Ministério das Relações Exteriores para buscar solução para o problema.
“Esses imigrantes têm tido dificuldade de se reagrupar com seus familiares ao buscar residência no Brasil. Ocorre quando um membro da família recebe visto humanitário e não consegue trazer a família. Isso tem sido muito comum, temos recebido informes a respeito do problema, e a comissão agora tem dedicado esforços para evitar esse tipo de situação. O encontro no Itamaraty é parte desse trabalho”, disse Barata.
O vice-presidente da comissão explicou ainda que a comissão adotará uma nota técnica emitida pela OAB-SC em que serão sugeridas ações ao Conselho Federal. Essas ações têm por objetivo resgatar o respeito ao direito de reagrupamento familiar, inclusive no âmbito dos tribunais. Segundo Barata, há decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em sentido contrário ao direito de reagrupamento familiar nesses casos.
Reciprocidade
Outra pauta amplamente discutida na primeira reunião da CRIN trata de problemas relacionados ao acordo de reciprocidade entre Brasil e Portugal. “A OAB tem buscado contato com a Ordem de Portugal para buscar solucionar essa questão. Tem havido alegações de não reciprocidade das regras aplicadas à advocacia brasileira e portuguesa. Essas regras teriam de ser idênticas, porém, não é isso que temos observado. Vamos atuar”, afirmou Barata.
O vice-presidente salientou ainda que a comissão tratará de ampliar o diálogo com os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) por meio do Conselho de Ordens e Colégios de Advogados do Mercosul (COADEM). O ponto principal dessa aproximação é debater sobre o acordo do bloco com a União Europeia.
A comissão discutiu ainda a realização de evento em parceria com o Banco Mundial, marcado para 13 de fevereiro de 2023. O evento trará ao Brasil a diretoria do Fórum da ODS 16, braço do banco envolvido com o planejamento relacionado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 16 (Paz, Justiça e Instituições Eficazes), do qual a OAB Nacional é signatária. O encontro será uma oportunidade de convidar a participação de integrantes das Ordens de advocacia da América Latina, dos países do BRICS e demais nações que fazem parte do Banco Mundial.
Fonte: OAB Nacional


JURÍDICO
CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri
A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.
O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.
Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.
As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.
Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.
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