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Missão democrática do TSE fica ainda mais em evidência em ano eleitoral

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), peça fundamental do ordenamento jurídico brasileiro, exerce o papel de fórum promotor da democracia em seu aspecto formal: é a mais alta instância brasileira a coordenar, fiscalizar e garantir efetividade ao direito de votar e ser votado nas eleições presidenciais. Em um ano de eleições, por razões óbvias, esta missão fica ainda mais evidenciada.

O TSE é um dos quatro tribunais superiores brasileiros ao lado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Superior Tribunal Militar (STM). Como cada nome sugere, julgam matérias de competência e temas específicos, situando-se como a terceira instância recursal do País – acima dos chamados tribunais de apelação. 

Central à democracia, o TSE tem sede em Brasília, sendo composto de – no mínimo – sete membros, sendo dois escolhidos por voto secreto (três juízes dentre os ministros do STF e dois juízes dentre os ministros do STJ) e dois por nomeação do presidente da República (dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo STF). Os outros três são o presidente e o vice, escolhidos dentre os ministros do STF, e o corregedor-geral, escolhido dentre os ministros do STJ.

Uma curiosidade em relação ao TSE é que ele detém também poderes característicos do Poder Executivo e do Poder Legislativo. Isso porque é o único órgão da justiça brasileira que tem em seu escopo funções administrativas e normativas que extrapolam seu âmbito jurisdicional. Assim, além de ser um tribunal, o TSE ainda exerce a administração do pleito, seja nos níveis de execução, operação e em parte da normatização do processo.

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Democracia

Para a ministra do TSE Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro, que ocupa uma das vagas destinadas à advocacia no tribunal, a história de consolidação da democracia no Brasil passa necessariamente pela história da Justiça Eleitoral e, consequentemente, do próprio TSE. “A Justiça Eleitoral, que agora completa 90 anos, é a responsável por organizar e realizar eleições limpas, seguras, transparentes e justas, garantindo que as escolhas legítimas feitas periodicamente pelo eleitor sejam fielmente respeitadas e convertidas em representantes devidamente eleitos”, explica a magistrada.

Para ela, essa centralidade democrática – sobretudo em relação ao TSE – “ganha ainda maior relevância naqueles anos em que as brasileiras e os brasileiros são chamados a escolherem alguém que, pelos próximos quatro anos, conduzirá os destinos da nação, da relevantíssima cadeira de Presidente da República”.  

Ações conjuntas

Por terem a preservação da democracia e as garantias da cidadania como valores centrais, OAB e TSE têm pontos de convergência em suas pautas. Recentemente, em 27 de abril de 2022, o presidente nacional da Ordem, Beto Simonetti, e o presidente do tribunal, ministro Luiz Edson Fachin, assinaram um Termo de Cooperação para a definição de ações, medidas e projetos para o enfrentamento da desinformação no processo eleitoral e para o fortalecimento da confiança nas instituições eleitorais. A cooperação integra o Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação no âmbito da Justiça Eleitoral. 

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Ao assinar o termo de cooperação, o tribunal reafirmou a centralidade da OAB para a preservação do Estado Democrático de Direito e reforçou a importância da união de esforços entre Justiça Eleitoral e entidades preocupadas com a garantia de divulgação de informações checadas e transparentes, que combatam a disseminação de notícias falsas e de discursos de ódio.

Na ocasião, Simonetti destacou que uma das missões da Ordem é defender a Constituição e o nosso sistema de direitos e garantias. “No Brasil, o voto direto, secreto e universal é uma cláusula pétrea. Defender o sistema eleitoral de ataques e desinformações é condição obrigatória para que a OAB desempenhe a sua tarefa constitucional”, afirmou.

A OAB é também uma das entidades representantes da sociedade civil que acompanha, periodicamente, da Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas Eleitorais. O evento legitima os programas que serão utilizados nas urnas eletrônicas e equipamentos correlatos nas eleições.

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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