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Presidente do TST é homenageado pela OAB com a Medalha Raymundo Faoro

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Nesta segunda-feira (8/8), durante a sessão ordinária do Conselho Pleno da OAB, foi outorgada ao presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Emmanoel Pereira, a Medalha Raymundo Faoro. Trata-se da mais alta comenda da advocacia brasileira, dedicada àquelas personalidades que se destacam na preservação do Estado Democrático de Direito.

O presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, destacou que a Ordem é a entidade responsável pela defesa das prerrogativas da advocacia – e desse papel jamais há de se furtar. 

“Ao mesmo tempo, a OAB é um escudo de defesa do Estado de Direito – que muito tem contribuído para o aperfeiçoamento da República e para o respeito aos direitos de todas e todos. É uma instituição que paira sobre toda e qualquer disputa política: não fazemos oposição a governos, não temos preferência por candidatos, nem somos base de apoio de quem quer que seja. O partido da OAB é o Brasil. A nossa profissão de fé é a defesa intransigente da Constituição Federal”, discursou.

Para Simonetti, o maior legado de Raymundo Faoro foi deixar para as gerações futuras uma Ordem consciente de seu papel histórico e sempre pronta a agir contra a tirania e em defesa do regime democrático. “Ser condecorado com a Medalha Raymundo Faoro representa, portanto, assumir um compromisso: aqueles que ostentam essa insígnia têm deveres indeléveis para com a cidadania. Mais do que o reconhecimento de um trabalho executado com eficiência em favor dos cidadãos brasileiros, esta distinção testemunha a abnegação de quem tem dedicado os melhores anos de sua vida a servir o próximo. Vossa Excelência, ministro Emmanoel, tornou o TST o “Tribunal da Justiça Social”. O futuro colherá os frutos das disrupções provocadas por esse lema e essa nova concepção”, ressaltou.    

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Vitória

Simonetti lembrou aquela que chamou de “grande vitória da advocacia no âmbito do TST”, após decisão proferida já na gestão de Pereira. “Em junho deste ano, entrou em vigor a Lei 14.365, que atualizou o Estatuto da Advocacia. E o TST deu um grande exemplo, já no último dia 3 de agosto, ao permitir que os advogados se manifestassem na plenitude do seu direito – por 10 minutos – nos julgamentos de agravos, após decisões monocráticas em recursos de revista ou de embargo. Essa atitude, ministro, enobrece ainda mais um caráter já conhecido pela cordialidade e pelo rigor no cumprimento das leis”, apontou Simonetti.   

“Nós, advogados, somos o elo entre o cidadão e o Judiciário, e, graças a autoridades imbuídas do mais elevado espírito público, como vossa excelência, temos conseguido colaborar para a efetividade da Justiça neste país”, completou o presidente da Ordem.  

Também prestaram homenagens ao ministro Emmanoel o membro honorário vitalício Cezar Britto, que falou em nome dos ex-presidentes do Conselho Federal da OAB; a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11), desembargadora Ormy da Conceição Dias Bentes; e o diretor da Escola Judicial do TRT-11, desembargador Audaliphal Hildebrando da Silva. O ministro, que atuou por 20 anos na advocacia e está há outros 20 na magistratura, é oriundo do quinto constitucional no TRT-11. 

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Agradecimento 

Em seu discurso, o homenageado se disse extremamente honrado e sensibilizado. “Recebo hoje insigne e prestigiosa condecoração, com medalha, troféu e diploma. As amizades construídas nessa casa, o orgulho e as responsabilidades advindas do trabalho em prol da mais emblemática instituição da sociedade brasileira me marcam profundamente. A Ordem tem se revigorado a cada gestão no cumprimento de suas missões, na defesa das prerrogativas profissionais e na indisposição a ceder a projetos de poder que não sejam o da nação. Esta instituição persiste como a maior entidade civil do país e porta-voz da sociedade civil nos momentos mais difíceis da história recente”, disse Pereira.

O ministro lembrou, ainda, a história de lutas da OAB. “Do alto de seus 92 anos, persiste um debate suprapartidário, uma instituição facilitadora de grandes mudanças, expoente na disposição de projetos da cidadania e com papel fundamental na construção de um país mais justo e igualitário. Por isso mesmo, essa valorosa instituição compartilha anseios e valores com o Judiciário, especialmente com o TST, o tribunal da justiça social. Lá, temos buscado maior aproximação com os mais diversos setores da sociedade no intuito de promover uma gestão mais participativa de democrática. O Judiciário se enriquece com a pluralidade”, finalizou.

Fonte: OAB Nacional

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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