MATO GROSSO
Acesso a alimentos e diálogo internacional são desafios do Ministério da Agricultura, diz Fávaro
MATO GROSSO
Ao receber o cargo de ministro da Agricultura e Pecuária nesta segunda-feira (2), Carlos Fávaro destacou a importância da agropecuária para garantir alimentação para todos os brasileiros. “Imagine quantos brasileiros não puderam almoçar hoje. Esse é nosso primeiro desafio. E a agricultura, a produção de alimentos tem um papel fundamental”, destacou.
Para Fávaro, é preciso capacitar as pessoas para que possam ter uma renda maior. “Temos que pensar na renda, na qualificação, no treinamento e capacitação das pessoas para que homens e mulheres desse país possam, com o suor do seu trabalho, ter dignidade, comprar seu alimento e viver melhor”.
Segundo o ministro, o principal gargalo do Ministério da Agricultura é a imagem do Brasil em relação à questão ambiental. “O Brasil se tornou pária mundial em relação ao meio ambiente e à produção sustentável. Precisamos reconstruir pontes com a comunidade internacional não porque eles querem, mas porque se faz necessário”.
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Carlos Fávaro enfatizou que se hoje o Brasil é um dos maiores players mundiais na produção agropecuária é graças à inovação tecnológica desenvolvida nos últimos anos. O primeiro compromisso assumido por ele durante a cerimônia de posse foi o fortalecimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Temos que fazer com que ela continue sendo o orgulho de todos os brasileiros e ajude a preparar nossa agropecuária para o combate à fome e para a produção sustentável”.
Lembrando os questionamentos sobre as relações do Mapa com o Ministério do Meio Ambiente e com o recém-criado Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fávaro disse que “todos se surpreenderão”. “Estamos todos no mesmo barco”, disse para plateia que acompanhava a cerimônia de transmissão de cargo de ministro, no auditório da sede da Embrapa.
Ao passar o cargo para Fávaro, o ex-secretário executivo do Mapa, Márcio Eli Almeida, disse que o agro brasileiro tem a responsabilidade de garantir a segurança alimentar e zelar pelos recursos ambientais do Brasil e do mundo. “É tempo de todos somarmos esforços para o sucesso da gestão de Fávaro. O seu sucesso é o sucesso do agro brasileiro”, disse, representando o ex-ministro Marcos Montes.
Participaram da cerimônia o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o senador Jayme Campos (União/MT), o deputado federal Neri Geller, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Eduardo Botelho.
Biografia
Carlos Henrique Baqueta Fávaro nasceu em Bela Vista do Paraíso (PR). É agropecuarista e Senador da República. Ingressou na vida política após anos de trabalho no agronegócio, onde tornou-se vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), em 2010, e presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT). Também presidiu a Cooperativa Agroindustrial dos Produtores de Lucas do Rio Verde (Cooperbio Verde).
Entre 2015 e 2018, ocupou o cargo de vice-governador do estado de Mato Grosso. Em abril de 2016, foi nomeado secretário de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, cargo que ocupou até dezembro de 2017.
Em 2020, tomou posse do mandato como Senador da República substituto até o resultado de eleição suplementar convocada pelo TRE-MT. Venceu a disputa e conquistou o cargo de Senador até 31 de janeiro de 2027.
GOV MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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