MANDADO CUMPRIDO
Advogado é preso ao ser ouvido em delegacia por ação de esbulho possessório e conflito agrário
MATO GROSSO
Um advogado de Cuiabá foi preso preventivamente pela Polícia Civil, nesta terça-feira (13.06), na Capital, em cumprimento a um mandado da 2a Vara Criminal da Comarca de São Félix do Araguaia em uma ação envolvendo esbulho possessório e conflito agrário ocorridos no município de Luciara.
O advogado foi preso por equipes da Gerência de Polinter e Delegacia de Homicídios de Cuiabá.
Ele foi intimado a ser ouvido nesta terça-feira no Núcleo de Pessoas Desaparecidas em um procedimento investigativo aberto para apurar o desaparecimento de Gérson Alexandrino da Silva, de 51 anos, contratado no mês de maio pelo advogado para trabalhar em duas fazendas dele, no município de Luciara, em serviços gerais e de limpeza de áreas da propriedade.
O morador de Cuiabá desapareceu no início deste mês, na zona rural de Luciara. Os companheiros que foram contratados junto com ele e familiares do desaparecido já foram ouvidos na DHPP, em Cuiabá.
Após o cumprimento da ordem judicial, o advogado foi levado à Polinter para os procedimentos de praxe, sendo acionado o Tribunal de Defesa de Prerrogativas da OAB-MT.
Desaparecimento do trabalhador
Gérson saiu de Cuiabá, na segunda quinzena de maio, e foi com mais duas pessoas, todas conhecidas de muitos anos e moradores do mesmo bairro, em Cuiabá, chamados pelo advogado para trabalhar nas fazendas dele na região nordeste do estado com a limpeza de áreas e com trator.
Dois trabalhadores contratados informalmente junto com Gérson foram ouvidos em depoimento no NPD e alegaram que no dia 30 de maio foram chamados auxiliar o advogado a desatolar um veículo na estrada, que seguia sentido à cidade de Confresa. Depois, retornaram à sede de uma das fazendas para buscar pertences do advogado e visitantes. Gérson havia ficado na propriedade e teria sido encontrado, aparentemente, embriagado.
Após auxiliarem os visitantes do advogado com o veículo na estrada, os dois trabalhadores, conforme consta em depoimento, disseram que retornaram à fazenda, na manhã do dia 1o de junho, e não mais encontraram Gérson. Na hora, os dois colegas do desaparecido não deram muita atenção ao fato, pois pensaram que ele poderia estar pela propriedade. Na tarde, começaram a procurá-lo e viram que seus pertences não estavam no quarto. Após buscas a pé e de moto em toda a região da fazenda, que é uma área de varjão com capim alto, não conseguiram encontrá-lo.
Conforme a apuração preliminar do NPD, a versão apresentada pelos colegas da vítima não apresenta credibilidade, uma vez que, mesmo dizendo que Gérson não foi encontrado na propriedade, nenhum deles chegou a registrar qualquer boletim em unidade policial da região para que diligências pudessem ser feitas a fim de localizá-lo. Somente quando retornaram a Cuiabá, os dois colegas da vítima avisaram a família de Gérson sobre o desaparecimento dele.
Uma irmã da vítima procurou a 1a Delegacia de Cuiabá e registrou a ocorrência, que foi encaminhada para apuração ao NPD, da Delegacia de Homicídios.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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