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Advogado foi executado “a mando” e com uso de caixa para esconder arma, revela delegado

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O delegado Nilson Farias afirmou que o advogado Roberto Zampieri teria sido executado em um “crime de mando”, possivelmente relacionado à atividade de seu escritório advocatício. Farias descreveu a ação do executor como calma e metódica, e apontou que o suspeito utilizou uma caixa para guardar a arma do crime e evitar ser percebido pela vítima.

Roberto Zampieri foi morto na noite de terça-feira (5) quando saía do escritório, localizado no Bosque da Saúde, em Cuiabá. O crime é investigado pela Delegacia Espec de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).

A Polícia Civil confirmou que um boletim de ocorrência foi registrado em 2021 contra Zampieri por um cliente do escritório informando prejuízo de mais de R$ 500 mil em uma ação judicial tocada por ele. O delegado Nilson Farias, porém, afirmou que o advogado cuidava de diversos casos com altos valores e que a situação do boletim de ocorrência é apenas uma entre várias investigadas.

“Trata-se de um escritório de advocacia que a maioria das causas eram de valores vultuosos, então a atividade laborativa, obviamente, acaba sendo a principal linha de investigação. Não se descarta outras possibilidades, mas neste caso específico, de um escritório tão grande, que mexe com causas grandes, é a atividade laborativa. Essa situação específica é uma de várias que têm chegado, e todas estão sendo confirmadas. Não dá para afirmar de forma categórica que um boletim de ocorrência foi a motivação. Pode ser, existe a possibilidade, assim como todas as outras causas que estavam em andamento naquele escritório”, afirmou o delegado durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (6).

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À imprensa, Nilson Farias registrou ainda o modo de atuação do criminoso responsável pela morte do advogado. Para o delegado, “trata-se de execução, realizada de forma fria”. O executor “não demonstra afobamento ou desespero” e teria ficado esperando a vítima durante mais de uma hora no local do crime, onde utilizou uma caixa para esconder a arma e abafar o som dos tiros.

“Pelo levantado preliminarmente até agora, ele utiliza essa caixa de forma sorrateira para despistar qualquer suspeita, bem como para não dar qualquer tipo de chance de defesa para a vítima, pois você não vai ter qualquer tipo de reação de defesa, tendo alguém com uma caixa. Além de abafar o som, porque ali era próximo de um batalhão da polícia, então existia a preocupação desse indivíduo de abafar o som. Dá para ver que é uma pessoa que planejou essa execução, teve todo um planejamento, um estudo de horário de entrada e saída, e inclusive do entorno”, declarou o delegado.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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