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Bombeiros e Sema capacitam moradores de comunidades rurais para combate aos incêndios florestais

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O Governo de Mato Grosso promoveu formação para os moradores das comunidades Vale Samambaia, Serrana e adjacentes, localizadas na região do Parque Estadual Águas Quentes, no município de Santo Antônio do Leverger (80 km de Cuiabá), para prevenir e combater focos de calor durante o período de estiagem. O curso de Brigadistas ocorreu entre os dias 30 de maio e 1º de junho. 

O curso foi promovido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso (CBM-MT), por meio do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), em parceria com a Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), e com apoio do Programa REM-MT.
 
Osmar Prado de Oliveira, gerente da Unidade de Conservação do Parque Estadual Águas Quentes, destaca que atuou na conscientização das comunidades para a participação do curso. Reafirmou a importância da parceria entre os órgãos do Governo, Sema e Corpo de Bombeiros, para que a capacitação mobilize cada vez mais pessoas em prol dos cuidados com o meio ambiente.
 
Responsável por ministrar a formação de brigadistas, o soldado do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA-MT), Leandro Monteiro, explica que após dois dias de aulas teóricas, os moradores foram divididos em duas equipes para colocar em prática os conceitos sobre formação de brigada, primeiros socorros e combate aos incêndios florestais.
 
“Colocando em prática os conhecimentos teóricos, aliados à experiência do morador da região, que é nossa primeira resposta em caso de incêndio, é possível melhorar a comunicação e traçar estratégias de primeiro combate, evitando catástrofes maiores com a propagação do fogo”.
 
 
O Parque Estadual é uma área de Proteção Integral que abriga o Hotel Águas Quentes. A Unidade de Conservação  (UC), é rodeada por propriedades rurais, sítios e diversas comunidades, dentre elas, Serrana e Samambaia, com cerca de 300 famílias. Por conta disso, é possível contar com os moradores para um atendimento imediato aos pequenos focos de incêndio, e para monitorarem a região.
 
“A nossa comunidade nunca teve uma educação ambiental, então esse trabalho da Sema junto com o Corpo de Bombeiros, de nos capacitar como brigadistas, é uma forma muito importante de unir a comunidade. Nos ensinaram táticas de como prevenir e apagar o fogo, não só da sua propriedade, mas também a do vizinho. No ano passado, como já tínhamos feito o curso, foi mais fácil conter o início das queimadas”, afirma José Benedito de Souza, presidente da Comunidade Serrana.
 
No ano de 2021, o curso foi realizado na unidade do Parque Estadual. As aulas teóricas foram realizadas no auditório do Parque Estadual Águas Quentes, e a parte prática na Comunidade Serrana. Os 23 novos brigadistas, certificados, estão aptos a combater inicialmente o fogo, caso houver na região.
 
A capacitação possui carga horária de 24 horas, com certificado entregue ao final das instruções. Há disciplinas teóricas e práticas ministrada pelos bombeiros militares, dividida em três dias, nos períodos matutino e vespertino. Os participantes receberam instruções de combate aos incêndios florestais, como agir em casos de início de incêndios, primeiros socorros, e também como utilizar os equipamentos, como os abafadores. 
 
Para Hildo Monteiro dos Santos, mais conhecido como “seu Pelé”, presidente e morador há mais de 40 anos da comunidade Samambaia, foi muito importante a participação no curso. “É de interesse da comunidade aprender sobre como proteger e cuidar da área em caso de incêndio e também de primeiros socorros. O saldo é positivo para todos nós, moradores da região”
 
 
Período de proibição do fogo
 
Mato Grosso decretou o período proibitivo do fogo entre 1º de julho e 30 de outubro e declarou situação de emergência ambiental entre maio e novembro de 2022 pelo risco de propagação de focos de incêndio em áreas rurais. As normas estão dispostas no decreto nº  1.356, de 13 de abril de 2022. Com o decreto, fica proibida qualquer atividade de limpeza de pastagem com o uso do fogo nas áreas rurais até o final do período proibitivo. O uso do fogo em áreas urbanas é proibido o ano todo.
Fonte: GOV MT

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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

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Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

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Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

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Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

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