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Casa Barão abre as portas para o público infantojuvenil nesta quinta-feira (19)

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Aproveitando as férias escolares, a Academia Mato-grossense de Letras (AML) – uma instituição secular de Mato Grosso, localizada no prédio histórico cuiabano conhecido como Casa Barão –, inaugura o seu projeto Sarau Literomusical 100+1, em parceria com o Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT). A programação 2023 inicia nesta quinta-feira (19.01), a partir das 15h, com o evento infantil “Era uma vez”.

Serão oito eventos até o mês de agosto, e a abertura é destinada especialmente ao público infantojuvenil (7 a 12 anos) – faixa etária que, em janeiro, não precisa necessariamente ficar em casa. Com a participação de artistas especialmente convidados, e escritores que têm assento na Academia, o “Era uma vez” apresenta programação dinâmica que combina  literatura, artes cênicas e música.

As inscrições estão abertas e são gratuitas. Devem ser realizadas via whatsapp, pelos celulares 98412 9090 (Zilda Carracedo) e 99227 6215 (Ronaldo Silva). Quem não puder assistir ao vivo, tem o recurso para ver em tempo real ou no pós evento: basta acessar o canal da AML no YouTube.

“Estamos começando 2023 com a realização desse projeto que abre as portas da Academia ao público, com muita alegria. Agradecemos a parceria da Secel-MT, que possibilitou a realização do Sarau Literomusical 100+1, continuidade de um projeto iniciado no centenário da instituição, incentivando a visibilidade dos saberes e fazeres culturais”, ressalta Sueli Batista,  presidente da AML.

O Termo de Fomento voltado a mútua colaboração foi uma das parcerias firmadas na gestão de Sueli, dando sequência ao estimulo às práticas culturais literárias e intercâmbio de experiências entre os “imortais”,  artistas e a comunidade.

Para esta primeira edição do sarau, Maurício Ricardo, ator e contador de histórias é o principal artista convidado. Pela AML participam os escritores Aclyse de Mattos, Maria Cristina de Aguiar Campos e Marta Cocco. Terá ainda singular participação do grupo musical infantil Pequena Luz.

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O espetáculo 

Mauricio Ricardo é ator, produtor e contador de histórias em Mato Grosso, onde nasceu, no município de Santo Afonso. Foi fundador da Cia Porrada de Teatro e cofundador da Casa da Cena, espaço para vivências e pesquisas artísticas. Possui graduação em Letras com habilitação em língua francesa e suas respectivas literaturas pela UFMT. Desde o ano de 2003, vem atuando profissionalmente no Estado, ofertando oficinas e cursos nas áreas de contação de histórias e teatro infantil e adulto.

Mauricio vai levar à cena dois espetáculos literários no evento. O primeiro é “Lendas Negras da Baixada Cuiabana”, a partir de textos escritos pelo professor de Língua Portuguesa Hélio Taques e por Maurício. A proposta da encenação é perpetuar e proteger a memória de personagens mato-grossenses como Jejé de Oyá, Mãe Bonifácia e Maria Taquara.

O segundo espetáculo propõe um mergulho na poética de Manoel de Barros a partir da oralidade. “As Tessituras de Manoel de Barros” é uma performance de contação de histórias baseada na obra homônima do escritor.

Pequena Luz

O grupo musical infantil Pequena Luz atua desde 2016, apresentando um trabalho voltado a música e dança. Fará duas apresentações especiais no evento, sob a direção de Késsia Regina de Oliveira, idealizadora do grupo.

É a terceira vez que se apresenta na Casa Barão. A primeira foi em dezembro de 2021, quando a Academia Mato-Grossense de Letras, realizou a cantata de Natal, nas janelas da sede. As meninas do Pequena Luz emocionaram o público com uma bela performance artística. E vai repetir a dose na próxima quinta-feira (19).

Escritores da AML

Vão representar a Academia Mato-Grossense de Letras neste “Era uma vez” duas autoras e um autor, todos com expressivas trajetórias literárias. O trio tem experiência com literatura infantojuvenil e cada um selecionou trechos de suas respectivas obras para entreter o público, com ênfases cênicas e musicais.

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Aclyse de Mattos nasceu em Cuiabá. É professor da Faculdade de Comunicação e Artes da UFMT. Mestre pela USP e doutor pela UFMG. Escritor e poeta com assento na Academia Mato-grosssense de Letras, Cadeira 3. Com 11 livros publicados, ele vai se valer de duas obras de sua autoria no evento: “Sabiapoca” e “Motosblim – a incrível enfermaria de bicicletas”, ambos com pegada infantojuvenil.

Maria Cristina de Aguiar Campos nasceu em Presidente Prudente (SP), mas tornou-se cuiabana já no seu primeiro ano de vida. Doutora em Educação (USP, 2007); mestra em Educação (UFMT, 1999); especialista em Língua Portuguesa (UFMT, 1989), Semiótica (UFMT, 1995) e Semiótica da Cultura (UFMT, 1996). Professora aposentada de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, pelo IFMT – Campus Cuiabá. Ocupa a Cadeira 16 na Academia Mato-grossense de Letras. É organizadora do site Biblioteca Digital do Intensivismo (www.intensivismo.com.br). É autora de seis livros e sua performance vai abranger trechos de duas obras: “Conferência no Cerrado” e “Papo cabeça de criança travessa”.

Marta Cocco nasceu em Pinhal Grande (RS), veio para Mato Grosso em 1992 e atualmente reside em Tangará da Serra. É professora de Literaturas da Língua Portuguesa da UNEMAT, tem mestrado em Estudos Literários (UFMT) e doutorado em Letras e Linguística (UFG). Integra a Academia Mato-Grossense de Letras – Cadeira 18. É autora de 16 livros, sendo 7 de literatura infantil. Para esta apresentação vai abordar alguns de seus escritos, do livro “As coisas cansadas das mesmas coisas”.

Fonte: GOV MT

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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

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Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

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Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

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Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

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