MATO GROSSO
Casarão das Artes abre inscrições para escola de teatro no bairro Pedra 90
MATO GROSSO
O Casarão das Artes está com as inscrições abertas para aulas de teatro. As atividades terão início no dia 19 de março e serão realizadas, gratuitamente, aos sábados, sempre das 9h às 12h. Interessados podem se inscrever na Avenida A, 02 e 03, Jardim São Paulo, bairro Pedra 90, em Cuiabá.
Instituição com certificado de Ponto de Cultura em Mato Grosso – reconhecida como tal no início de 2019 -, o Casarão das Artes tem na prática do teatro sua principal frente de atuação. O Instituto oferece à comunidade do bairro Pedra 90, aulas de teatro para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
“Eu vivi a vida toda na periferia, o que eu sou, devo à periferia. Quero retribuir. Afinal, meu papel social como artista é devolver à comunidade o que ela me deu, como a oportunidade de estudar teatro”, destaca Vini Hoffman, idealizador do Instituto Casarão das Artes.
Sem faixa etária estipulada, as aulas de teatro do Casarão das Artes são continuas e seguem até o fim do ano, quando se encerra uma etapa e começa uma nova.
“Inclusão e acessibilidade é o objetivo. Queremos trazer para o Pedra 90 um pouco de tudo que ocorre no Brasil, espetáculos de teatro, dança, música, oficinas. Promovemos a integração comunitária entre os bairros e as comunidades de difícil acesso, gerando inclusão para além do bairro Pedra 90”, explica.
O agente cultural
Sobre o idealizador, Vini Hoffman é um artista com história de vida inspiradora. Membro do Grupo de Teatro Tibanaré, um dos mais atuantes e reconhecidos de Mato Grosso, iniciou sua carreira em projetos sociais. Seu trabalho mais recente está prestes a estrear em rede nacional, pela TV Cultura, trata-se da série infanto-juvenil “O Pantanal e Outros Bichos”, de Amauri Tangará, em que o ator interpreta o personagem Curupira. As gravações para a segunda temporada da série já encerrara, e em 2022 estreia “O Cerrado e Outros Bichos”.
“Ter um Ponto de Cultura, para a comunidade, é muito valioso. Gera reconhecimento, fortalece parcerias, traz visibilidade e credibilidade para moradores de uma comunidade tão distante. Não existem muitos acessos aqui, só pela televisão. Com o certificado de Ponto de Cultura, podemos mostra que aqui no bairro deles, eles também podem fazer cultura e multiplicar, levar a cultura deles para outros lugares e receber espetáculos culturais. Um ciclo do bem”, avalia Hoffman.
O objetivo foi premiar 30 instituições da sociedade civil sem fins lucrativos, com atuação comprovada há pelo menos três anos em atividades culturais, por meio de repasse de recursos financeiros da Política Nacional de Cultura Viva a fim de fomentar o reconhecimento, articulação e fortalecimento da Rede Cultura Viva no Estado de Mato Grosso, com o propósito de reconhecer ações de formação; assistência e intercâmbio; participação social e mobilização em rede; informação, promoção e comunicação.
Foram investidos R$ 7,300 milhões com objetivo de formação da Rede de Pontos de Cultura, da Política Nacional de Cultura Viva em Mato Grosso.
Serviço
Aulas de Teatro gratuitas no Casarão das Artes
Inscrições até 19 de março, no local
Avenida A, 02 e 03, Jardim São Paulo, bairro Pedra 90, em Cuiabá
Informações 65 9908-5943


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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