MATO GROSSO
Chinesa XCMG e RISC marcam o início das atividades no Parque Tecnológico MT
MATO GROSSO
A chegada da gigante chinesa Xuzhou Construction Machinery Group (XCMG) marca o início das atividades empresariais no Parque Tecnológico Mato Grosso, localizado no Chapéu do Sol, em Várzea Grande. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), Maurício Munhoz, nesta quinta-feira (19.05), em audiência com o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat.
As negociações para a instalação da XCMG foram conduzidas diretamente entre Munhoz e o diretor de Projetos da empresa no Brasil, Tian Dong. A empresa é a quinta maior do mundo na fabricação de máquinas pesadas para construção civil. A primeira linha de produção fora da China está instalada no Brasil, no município de Pouso Alegre (MG).
Uma estrutura moderna de contêineres será instalada provisoriamente pela Prefeitura de Várzea Grande para a chegada da empresa. O espaço será adequado no próprio Chapéu do Sol, a poucos metros das obras do Parque Tecnológico. A expectativa é de que em menos de 60 dias a gigante chinesa inicie suas atividades em Mato Grosso.
Maurício Munhoz tem realizado uma série de tratativas nacionais e internacionais, para identificar interessados no investimento de tecnologias, nas mais diferentes bases e estratégias de atuação.
“O Parque hoje está ancorado em três eixos estruturantes: a produção de tecnologia social, ambiental e governamental. Aparentemente independentes, os eixos se convergem e se relacionam na busca de soluções para os mais diferentes arranjos. Nossa proposta é reunir ofertas das mais diferentes tecnologias e colocar os atores para se falarem, linkar as cabeças pensantes. Hoje o mundo é network. Tem gente produzindo todo tipo de tecnologia, nos mais diversos ambientes e precisando se conectar. A vinda da XCMG não significa que ela vai produzir maquinário em Mato Grosso, mas traz consigo tecnologia e soluções para outras demandas. É relacionamento”, defendeu Maurício Munhoz.
RISC – A fabricante chinesa estará ao lado de um dos mais promissores projetos mato-grossenses: as Redes Inteligentes e Soluções Criativas (RISC), desenvolvido pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). O projeto se tornou referência, dentro e fora do Estado, pela busca por modelos inovadores de interação com a sociedade e pela versatilidade em produzir tecnologia social.
A Seciteci fará toda a modelagem do espaço para a chegada do projeto no Parque Tecnológico. O Núcleo de Redes Inteligentes e Soluções Criativas (RISC), é executado no Campus de Cáceres, sob a coordenação do professor e doutor, Robson Gomes de Melo.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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