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Com recursos próprios, Governo de MT entrega primeiros 100 quilômetros duplicados da BR-163

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A duplicação abrangeu os trechos entre o Posto Gil, em Diamantino, e Nova Mutum.

O Governo de Mato Grosso e a Nova Rota do Oeste entregaram, no início da tarde desta sexta-feira (20.12), os primeiros 100 quilômetros duplicados da BR-163, com investimento de mais de R$ 1,2 bilhão, totalmente em recursos dos cofres públicos estaduais.

“Ninguém, absolutamente ninguém nesse país, chega perto daquilo que Mato Grosso está fazendo na infraestrutura, na saúde e em tantas outras áreas. Fazemos isso porque tem, em cada canto desse Estado, milhares de mato-grossenses que trabalham com muita seriedade e que pagam seus impostos. O que nós fazemos é cuidar bem do dinheiro do cidadão e fazê-lo voltar em forma de serviço para toda a sociedade”, afirmou o governador Mauro Mendes.

Para a duplicação dos primeiros 100 quilômetros da BR-163, o Estado investiu os recursos em dois contratos que abrangeram os trechos km 507 (Diamantino) e o km 593 (Nova Mutum).

“Nós assumimos a concessão pelo desastre que estava a BR-163. Esse movimento demonstra que o governo é atento, responsável e seguro ao usar o dinheiro público para fazer o que é prioritário. O problema da rodovia começou, definitivamente, a ser resolvido; era um problema crônico e passou a ser sinal de esperança”, destacou o vice-governador Otaviano Pivetta.

Mayke Toscano/Secom-MT

O diretor-presidente da Nova Rota do Oeste, Luciano Uchoa, também avaliou que a entrega dos cem quilômetros de rodovia duplicados representa uma retomada da confiança do povo mato-grossense.

“Depois de tantas expectativas e frustrações, iniciamos as obras de duplicação e passamos essa mensagem de que estávamos fazendo algo diferente. Além da obra de duplicação e da fluidez para o trânsito, estamos provendo segurança viária para o cidadão. Esse primeiro segmento, entre Diamantino e Nova Mutum, teve uma redução de 82% de acidentes com mortes. Esse número, por si só, justifica todo o esforço que estamos fazendo aqui”, pontuou.

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O presidente do conselho da Nova Rota do Oeste, Cidinho Santos, lembrou que o governador ousou ao propor assumir a concessionária responsável pela BR-163. “Se todos os gestores públicos fizessem a ‘loucura’ que o senhor ousou em fazer, nós teríamos muito mais vidas salvas, mais dignidade e um Brasil saudável”, destacou.

Mayke Toscano/Secom-MT

O prefeito de Nova Mutum, Leandro Félix, destacou os reflexos da duplicação para o município e apontou redução nos atendimentos hospitalares por vítimas de acidente da rodovia nas unidades de saúde do município.

“Mais de 70% dos atendimentos de emergência do nosso hospital eram de vítimas de acidente da rodovia. Esse trecho entre Diamantino e Nova Mutum não foi por questão política, foi porque era o trecho que mais tinha acidentes. Quando o Governo do Estado falou que iria assumir a BR-163, a grande maioria da população disse que era mais uma promessa de política e que a obra ia ficar mais uns 20 anos sem terminar. Agora, estamos praticamente um ano depois com 100 quilômetros de asfalto sendo inaugurado. Então, não conseguimos mensurar a importância dessa grandiosa obra”, relatou.

O diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale, apontou que Mauro Mendes “conseguiu pensar o impensável e conseguir o improvável”. “Estamos juntos para fazer o melhor para Mato Grosso e para a BR-163”, ressaltou.

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, relator do processo que permitiu o Estado assumir a concessionária pela MT Par Participações (MT Par), afirmou que a “lei é feita para resolver a vida das pessoas e não para criar mais problemas”.

“Quando fechamos um processo, geralmente não nos preocupamos com os desdobramentos que vão acontecer depois. Muitas vezes, são histórias tristes de obras que foram paralisadas porque haviam falhas graves, ou são licitações que precisaram ser interrompidas por um problema insanável, outras vezes são gestores públicos que se corromperam e cometeram irregularidades. Mas, no caso de hoje, vimos com os nossos próprios olhos essa história que está sendo construída por um Governo que teve coragem e por uma população que soube sonhar”, disse.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, destacou que a resposta apresentada pelo governador foi heterodoxa. “Graças à potência do Governo de Mato Grosso, às suas condições de governabilidade, pôde propor isto que era diferente. Essa história de sucesso precisa ser contada para fora porque Mato Grosso é o Estado que dá certo”, apontou.

Mayke Toscano/Secom-MT

Participaram da solenidade o senador Wellington Fagundes, representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os deputados estaduais Dr. João, Paulo Araújo, Hugo Garcia, Valmir Moretto, Chico Guarnieri e Júlio Campos; o secretário-chefe de Gabinete do Governador, Jordan Espíndola; e os secretários estaduais Fábio Garcia (Casa Civil), Laice Souza (Comunicação), Marcelo de Oliveira (Infraestrutura e Logística), coronel César Roveri (Segurança Pública), Andreia Fujioka (Agricultura Familiar), coronel Grasi Bugalho (Assistência Social e Cidadania), César Miranda (Desenvolvimento Econômico), Alan Porto (Educação), Gilberto Figueiredo (Saúde), David Moura (Cultura, Esporte e Lazer), Basílio Bezerra (Planejamento e Gestão) e Rogério Gallo (Fazenda).

Também estiveram presentes o presidente da MT Par, Wener Santos; o diretor geral da Politec, Jaime Trevisan; o comandante do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Gledson Oliveira; o comandante da Polícia Militar (PM), Fernando Tinoco; o presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Serafim de Barros; a presidente do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Emanuelle de Almeida; o secretário-controlador Geral do Estado (CGE), Paulo Farias; o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat), Marcos de Sá, além de prefeitos e empresários da região.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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