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Delegada diz que ostentação de empresária presa em operação de combate ao tráfico chamou atenção

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A delegada Juliana Chiquito, da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), afirmou que a ostentação da empresária Laura Lima foi um dos pontos que chamou a atenção dos investigadores. A proprietária da clínica Spa Diamond La Evidence, no bairro Jardim Petrópolis, em Cuiabá, usava o estabelecimento para armazenamento de drogas e lavagem de dinheiro de facção criminosa.

Laura foi presa durante ação da operação Impetus Tijucal, na manhã desta sexta-feira (13). Os agentes cumpriram o mandado de prisão preventiva contra Laura e apreenderam R$ 9 mil em espécie, além de aparelhos eletrônicos. 

Além do envolvimento com o crime e tráfico de drogas, a empresária também tem passagens por embriaguez ao volante e tentativa de homicídio contra um policial. Laura é fisioterapeuta e esteticista. No Instagram, Laura ostenta um colar em ouro, bolsa e relógio de marca. 

“É sempre um fator observado pela investigação. O que a gente não pode aqui é afirmar diretamente que a ostentação toda é fruto exclusivo de algo ilícito. Mas de fato isso chamou atenção dos investigadores, mas nossas investigações são muito mais técnicas do que meramente ostentação. Então fizemos aprofundamentos, sobre as relações que ela tinha também outros investigados deste inquérito.”, afirmou a delegada.

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A investigação

Ao todo, foram deflagradas 54 ordens judiciais sendo 18 mandados de prisão preventiva e 36 de busca e apreensão. A força-tarefa tem como objetivo combater o tráfico de drogas e prender os principais líderes.

Os mandados foram decretados pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital (NIPO), tendo como base investigações e representações feitas pela DRE.A primeira fase da operação Impetus Tijucal foi deflagrada em agosto de 2021 para cumprimento de 11 ordens judiciais, com objetivo inicial no enfrentamento ao tráfico de drogas na região, bem como para identificação de vínculos associativos entre os investigados.

As diligências investigativas também tiveram lastro de inúmeras denúncias via 197. Com material arrecadado na primeira fase, além de denúncias, a Polícia Civil iniciou novas investigações que revelaram o liame entre os investigados e uma facção criminosa local, com estruturas de arrecadação dos valores auferidos com o tráfico de drogas e outros crimes na região da grande Tijucal.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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