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Deputado critica resistência de colegas em assinarem CPI

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Sem o andamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta por Wilson Santos (PSD) para investigar as denúncias de fraude na Secretaria de Estado de Saúde, o deputado Valdir Barranco (PT) criticou o posicionamento de parlamentares quanto a falta de assinatura para a apuração no Legislativo. Acusações de corrupção e formação de cartel entre empresários contratados pelo Estado são alvo da Polícia Civil na Operação Espelho.

O requerimento “empacou” em 6 assinaturas, já que a maioria dos parlamentares pertence à base aliada do governo e foi contra a apuração. Para ser instaurada, a comissão precisa de 8.

“Essa CPI só tem 6 assinaturas, faltam duas, não sei porque não assinam. Não entendo de onde vem tanto medo do governador. Como um parlamentar eleito pelo voto popular tem medo do governador, eu não entendo, sinceramente”, declarou em entrevista essa semana.

O deputado alegou que estava no “nortão” na semana passada e constatou que o estado da saúde é caótico em todas as regiões.

“A CPI da Saúde já está aí há 4 meses, faltando duas assinaturas e a saúde cada dia mais caótica. Eu ando muito no interior, semana passada eu estive no nortão, é um absurdo o clamor da população com relação ao que está acontecendo com a saúde”, argumentou o petista.

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Falta de pagamento

Na segunda-feira (13), o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) convocou o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, a prestar esclarecimentos sobre a suspensão de atendimento aos pacientes nos hospitais regionais de Mato Grosso e no Hospital Estadual Santa Casa de Cuiabá. Atendimento foi interrompido por falta de pagamento às empresas prestadoras de serviço.

 

“É um colapso na saúde de Mato Grosso. Apenas a urgência e emergência estão funcionando no Hospital Regional de Colíder, que suspendeu os atendimentos eletivos há dois meses. Em Sorriso, várias especialidades estão suspensas. Houve paralisação dos anestesistas na Santa Casa de Cuiabá”, citou Lúdio.

 

Ainda não há data para que Figueiredo compareça à Casa de Leis.

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Audiência pública sobre obras inacabadas do BRT em Cuiabá é marcada pela ausência do governo estadual

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Na tarde desta sexta-feira (14), a Câmara Municipal de Cuiabá sediou uma audiência pública convocada pela Comissão de Obras, com o intuito de discutir os avanços e os desafios das obras do BRT na cidade. Presidida pelo vereador Alex Rodrigues, a audiência contou com a presença dos vereadores Dídimo Vovô, Ildes Taques, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Jefferson Siqueira, Eduardo Magalhães, Paula Calil e Daniel Monteiro.

O evento também reuniu representantes de diversas entidades e órgãos importantes, como Paulo Cesar (Diretor de Trânsito da SEMOB), Kamila Auxiliadora (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Juliano Brustolin (Vice-presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo), Junior Macagnam (Presidente da CDL), Sebastião Belém (Secretaria de Obras Públicas), José Ademir dos Santos Junior (Empresa J. Prime), Pedro Aquino (Presidente da ASSUT – MT e da Associação dos Usuários do Transporte Público de Cuiabá), Álvaro Bezerra (Diretor da ACEC), Nicolau Cesar (Diretor da SEMOB) e Mauro (Pastoral do Imigrante).

Apesar da ampla participação de autoridades e especialistas, a audiência foi marcada por uma ausência significativa: o governo do estado, responsável pelas obras, não enviou nenhum representante. A ausência foi bastante impactante, considerando que foram 45 dias de organização para a devida audiência. A falta de explicações sobre o andamento da obra e os atrasos no cronograma gerou revolta entre os presentes.

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O presidente da Comissão de Obras, Alex Rodrigues, não escondeu a frustração com a ausência do governo estadual. “A política seria da resultado, a politicagem não. Gostaríamos de saber pelos responsáveis o prazo, o cronograma e o projeto, mas isso não vai diminuir o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos continuar nosso trabalho e convidá-los para a próxima reunião da comissão de obras”, afirmou Alex Rodrigues, ressaltando que a população está cobrando respostas sobre o andamento da obra. “Quem nos elegeu está cobrando, que é o povo. O povo não está aqui na audiência porque está trabalhando, tem hora para chegar e sair. E o BRT era para ser um auxílio no dia a dia das pessoas”, completou.

Os impactos das obras inacabadas

Os atrasos nas obras do BRT têm gerado sérios impactos no trânsito de Cuiabá, com reflexos visíveis em várias regiões da cidade. A situação é especialmente crítica em avenidas como a do CPA e Fernando Corrêa, onde as obras têm causado congestionamentos e dificultado o deslocamento da população. A Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), um dos principais pontos críticos da obra, ainda não conta com uma solução definitiva para os alagamentos que comprometem a operação dos ônibus elétricos planejados para o sistema.

Além disso, os atrasos têm origem em um impasse entre o governo do estado e o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A. O consórcio, contratado em 2022 por R$468 milhões, afirma que o anteprojeto da obra não previu soluções essenciais, como a macrodrenagem da Prainha, o que tem dificultado a execução do cronograma e gerado mais atrasos.

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Propostas de soluções e próximos passos

Durante a audiência, os vereadores presentes reafirmaram seu compromisso em buscar soluções para destravar a obra e atender às necessidades da população cuiabana. Como próximo passo, os membros da Comissão de Obras Públicas realizarão uma visita técnica aos canteiros de obra para avaliar de perto os avanços e os desafios enfrentados pelo projeto.

“Nosso compromisso é com os cuiabanos. Essa obra precisa andar e atender às necessidades da população”, enfatizou Alex Rodrigues. A visita técnica servirá para que os vereadores possam verificar, pessoalmente, o andamento da obra e buscar alternativas para acelerar sua execução.

A audiência pública foi uma tentativa de dar transparência ao processo e de envolver a população nas discussões sobre o futuro do BRT. A participação dos cidadãos é essencial para que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas decisões que impactam o desenvolvimento da cidade. A Câmara Municipal de Cuiabá continuará a realizar reuniões e audiências sobre o tema, buscando uma solução definitiva para as obras inacabadas que afetam o cotidiano dos cuiabanos.

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