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Dia de campo mostra clones de café Robustas Amazônicos para o cerrado mato-grossense

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Cerca de 200 pessoas, entre produtores rurais, estudantes, pesquisadores e autoridades participaram, nesta sexta-feira (28.04), do Dia de Campo sobre a cultura do café, realizado no Campo Experimental da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em Tangará da Serra (240 km de Cuiabá).

O encontro apresentou os resultados preliminares do estudo da seleção de 52 clones dos cafeeiros Robustas Amazônicos. Nesse ano será colhida a primeira safra para verificar os materiais genéticos mais produtivos e adaptados nos principais polos produtores de café localizados nas regiões Norte e Noroeste de Mato Grosso.

O Dia de Campo foi realizado pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), por meio da Empaer, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Prefeitura de Tangará da Serra e Fundação de Amparo à Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural de Mato Grosso (Fundaper).

Durante o evento, foram mostradas as boas práticas agrícolas referentes ao preparo da área e manejo de pragas e doenças.

O pesquisador da Empaer e coordenador do Projeto de Pesquisa de Validação de Clones Coffea Canephora para o Estado, Wininton Mendes, pontua que o objetivo é chamar a atenção dos cafeicultores quanto aos aspectos relacionados ao manejo sustentável da lavoura, para obtenção de maior eficiência dos cultivos.

Mendes relata que o trabalho de pesquisa começou em 2020, e a primeira colheita de avaliação será feita nos próximos meses, com clones de ciclos precoce, médio e tardio. A finalidade da pesquisa é identificar os melhores clones para compor a tecnologia de produção do café Robusta no Estado de Mato Grosso.

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“No final de 2024, teremos resultados dos materiais genéticos mais produtivos com informações importantes para a tomada de decisão do produtor rural”, afirma.

O pesquisador da Embrapa, Marcelo Curitiba Espíndula, comenta que, para implantação da lavoura, é necessário que o produtor faça um planejamento com a escolha e preparo das mudas, época de plantio, preparo do solo, como identificar corretamente as principais pragas da cultura e quanto aos aspectos relacionados ao manejo sustentável da lavoura e a obtenção de maior eficiência dos cultivos.

“Dia de Campo é uma excelente oportunidade para os produtores de café se atualizarem sobre as tecnologias disponíveis, para aprimorarem a produção e a qualidade dos grãos de café”, comenta.

Os visitantes percorreram quatro estações de difusão de conhecimento. Na primeira, o coordenador do Campo Experimental de Tangará da Serra, Welington Procópio, abordou sobre a produção de mudas clonais de qualidade.

Da segunda a quarta estação, a equipe da Embrapa apresentou sobre a implantação da lavoura: tratos culturais e manejo nutricional com João Maria Diocleciano; manejo integrado de pragas e doenças, com José Nilton Medeiros Costa; e na última estação com Marcelo Curitiba Espíndula, que mostrou o desempenho agronômico dos Robustas Amazônicos no cerrado mato-grossense.

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O presidente da Empaer, Renaldo Loffi destaca que o trabalho de validação de clones de café possibilita ao produtor maior segurança na implantação da lavoura com materiais genéticos testados e avaliados pela Embrapa, e a condução dos experimentos pelos pesquisadores e técnicos da Empaer nas diferentes regiões do Estado.

Para avaliar o desempenho dos materiais genéticos, foram instaladas duas unidades de pesquisa nos municípios de Tangará da Serra e Sinop, para a escolha das melhores cultivares com maior adaptação nos principais polos produtores de café.

De acordo com o presidente da Empaer, o Dia de Campo oferece ao agricultor informações técnicas com orientações sobre gestão da atividade cafeeira, bem como planejamento do cultivo do café e demais assuntos relacionados ao campo para um bom plantio. Ele elogiou o trabalho e a participação dos agricultores para desenvolver a cafeicultura na região.

“Nos próximos anos teremos resultados satisfatórios oferecendo novas tecnologias voltadas para atender a agricultura familiar e gerando lucro e renda”, enfatiza Loffi.

Participaram da solenidade o prefeito municipal Vander Masson, o deputado estadual Dr. João José de Matos, secretário adjunto da Seaf, Clóvis Figueiredo Cardoso, presidente da Câmara de Vereadores, Romer Yamashita, secretários municipais de agricultura, produtores rurais, estudantes, técnicos e pesquisadores.

Fonte: Governo MT – MT

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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