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Discussão com mães de autistas: Sispmur cobra retratação de filho do prefeito

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A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur), Geane Lina Teles, está cobrando que o engenheiro civil Carlos Vinícius Araújo, popularmente conhecido como Carlinhos, faça uma retratação com um grupo de mães de filhos portadores do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), que são funcionárias da Prefeitura.

Carlinhos, que é filho do prefeito José Carlos do Pátio (PSB), envolveu-se em uma calorosa discussão nas galerias do plenário da Câmara Municipal com um grupo de mães de filhos autistas que aguardavam, na tarde de anteontem (24), a votação de um projeto encaminhado pelo Executivo municipal, que tratava da redução da jornada de trabalho delas, sem alteração no salário.

O projeto encaminhado pelo Executivo previa redução em 30% da jornada de trabalho, diferente do que foi já pacificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que garante 50%.

A sindicalista, que acompanhava a votação do projeto ao lado das mães de autistas que são servidoras municipais, considerou a cena, que teria sido provocada pelo filho do prefeito, por não ter gostado de críticas feitas por elas à gestão municipal, como lamentável. A discussão foi gravada e logo ganhou as redes sociais, gerando muitas críticas à postura de Carlinhos.

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Geane ressaltou que as mães estavam na Câmara lutando por um direito delas já reconhecido pelo STF, uma redução da carga horária de trabalho, sem a redução de salário, para que consigam dedicar tempo para acompanhar o tratamento dos filhos.

“Esse rapaz estava descontrolado. Falando alto até com mãe que estava com criança no colo. Elas não fizeram nada demais, estavam no direito da liberdade de pensamento e de expressão. A postura desse moço foi condenada até por vereadores da base”, observou a líder sindical.

Segundo ela, o sindicato espera até hoje uma retratação pública por parte do filho do prefeito. Do contrário, vai tomar medidas judiciais.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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