MATO GROSSO
Distrito Industrial registra aumento de 10% em geração de emprego em 2024
MATO GROSSO
Seguindo a alta dos números nacionais, o Distrito Industrial de Cuiabá alcançou um crescimento de 10% na geração de emprego em 2024, em comparação com o ano anterior. De acordo com levantamento da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC), até o mês de novembro, as mais 300 empresas instaladas no polo foram responsáveis por criar 2 mil vagas na capital de Mato Grosso.
Ainda segundo a AEDIC, a projeção é de que esse avanço tenha continuidade em 2025. Com uma perspectiva de ampliação de algumas indústrias já existentes no local e possibilidade de chegada de novas, a Associação prevê um salto em torno de 8% para o próximo ano. Atualmente, o Distrito Industrial gera, de forma direta e indireta, aproximadamente 22 mil empregos, sendo que quase 20% das vagas são ocupadas por jovens de 18 a 24 anos.
“Nosso desafio é atrair mais empresas, para continuarmos expandindo a geração de emprego. O trabalho da Associação tem sido fundamental, melhorando a infraestrutura da região, fazendo a ligação com setores públicos e outras entidades para um desenvolvimento equilibrado das empresas. Além disso, ajudamos nas contratações e na promoção de treinamento e capacitação de mão de obra em parceria com o Senai-MT”, conta o presidente da AEDIC, Domingos Kennedy.
O desempenho apresentado pelo Distrito acompanha a evolução nacional do setor, que tem mais uma vez demonstrado sua importância para a economia do país. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, aponta que a indústria é destaque no grupamento que puxou a alta no nível de ocupação no último trimestre (de agosto a outubro).
O estudo mostra que, frente ao trimestre móvel anterior (maio a julho), a população empregada neste segmento aumentou 2,9%, o que representa mais de 381 mil pessoas. Já em relação ao período de agosto a outubro de 2023, o salto na empregabilidade na indústria foi de 5% ou mais de 629 mil pessoas. Em outra pesquisa, o IBGE indica que o setor teve papel importante no crescimento de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2024.
Conforme o Instituto, no balanço final do PIB, a indústria teve um ganho de 0,6% no trimestre, ficando inclusive acima do segmento agropecuário que fechou com queda de 0,9%. Em Cuiabá, o Distrito Industrial também segue esse resultado positivo. Dados disponibilizados pela AEDIC, evidenciam que o polo movimenta, anualmente, mais de R$ 30 bilhões na economia local. Na avaliação do presidente da Associação ainda há margem para crescimento nos próximos anos.
“O Distrito Industrial é uma potência econômica de suma importância para nossa cidade e nosso estado, mas ainda falta do Poder Público uma política industrial voltada para a atração de novas empresas. Ainda assim, há essa possibilidade de avanço, pois temos uma infraestrutura fantástica, com energia, gás canalizado, porto seco, bons acessos logísticos e ainda o terminal ferroviário chegando até 2026”, argumenta Kennedy.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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