MATO GROSSO
“É um salto importante no atendimento a crianças com necessidades especiais”, afirma primeira-dama de MT
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Virginia agradeceu ao governador Mauro Mendes e ao secretário de Estado de Educação, Alan Porto, pela ação que irá beneficiar estudantes diagnosticados com deficiência, Transtorno do Espectro Autista, dislexia, transtornos comportamentais, motores, distúrbios de linguagem, distúrbio sensorial, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno Desafiador Opositor, esquizofrenia, depressão, traumas, além de estudantes diagnosticados com depressão que, por indicação médica, possam ser beneficiados com a terapia.
“Esse programa é um salto importante no atendimento de crianças e adolescentes que têm necessidades especiais. De coração, agradeço o secretário Alan Porto, à sua equipe e parceiros na iniciativa privada por esse programa maravilhoso. O Programa SER Família Inclusivo é parceiro deste projeto que tenho a honra de ser madrinha. Tenho absoluta convicção que a inclusão abre portas e é o melhor caminho na integração social e isso só é possível porque temos um governador que abraça causas como essa”, declarou a primeira-dama.
Além de trabalhar a atividade motora, o programa conta com atendimento multidisciplinar com equipe especializada habilitada em Equoterapia, constituída por fisioterapeuta, psicóloga, instrutor profissional de equitação, condutor auxiliar-guia para cada animal, e educador que realizará suas respectivas funções e técnicas compatíveis às suas profissões e especialidades em prol do desenvolvimento do estudante participante da equoterapia.
Alan Porto comemorou a iniciativa do Estado e lembrou que o projeto nasceu no gabinete da primeira-dama e, na tarde desta quarta-feira, o sonho foi concretizado com alunos de escolas estaduais de Cuiabá e Várzea Grande. Nos próximos meses, o projeto deve se expandir para os demais municípios.
“Esse projeto ajuda no desenvolvimento e aprendizado das crianças e hoje estamos bastante felizes de ter um programa de excelência como esse na nossa rede”, destacou.
Atualmente, a rede estadual conta com cerca de 10 mil estudantes Público Alvo da Educação Especial (PADE). Deste total, 200 estudantes já são atendidos pela equoterapia, sob recomendação médica.
O diretor da Escola Estadual de Tempo Integral Professora Celia Rodrigues Duque, em Várzea Grande, Ademilson de Assunção, explicou que as aulas fazem parte da matriz pedagógica do projeto escolar e os alunos que fazem parte do projeto participam da equoterapia uma vez na semana. Cada aula dura cerca de 2 horas e 30 minutos.
No dia de sessão, um ônibus é disponibilizado pela Seduc para atender todos os alunos que são acompanhados por uma equipe multidisciplinar.
Mãe de uma estudante diagnosticada com autismo, Rosangela Ribeiro afirmou que o tratamento tem sido fundamental para a qualidade de vida da filha, já que a coordenação motora da criança melhorou muito após o atendimento com equoterapia.
Iara Hoelscher, que também tem uma filha com o mesmo diagnóstico, explicou que a principal melhora da filha foi no comportamento, já que ela passou a ser mais compreensiva e carinhosa. “Até mesmo nosso contato com todos os integrantes da família melhorou e se tornou uma nova experiência de vida”, disse.
Parceiro do programa, o proprietário do Haras Twin Brothers, Cae Póvoas, vê a iniciativa como um benefício para toda a população do Estado.
Além do Twin Brothers, o trabalho também conta com a parceria da Hípica Cuiabana, Hípica Nativa e Equitakids Rancho Dourado.
Também participaram do lançamento do programa o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia; o secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso, Jefferson Neves; os vereadores Dilemário Alencar, Michelly Alencar, Maysa Leão e o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco.
Fonte: Governo MT – MT
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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.