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Em grupos de Facebook, mato-grossenses negociam barriga de aluguel: ‘algumas aceitam por R$ 10 mil”

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Quando tinha 16 anos, Luzia* foi questionada por uma das clientes do salão em que trabalhava como manicure, em Tangará da Serra, sobre a possibilidade de ser barriga de aluguel. As duas chegaram a conversar sobre o procedimento, mas Luzia negou a oferta de R$ 150 mil para gerar uma criança que, posteriormente, deveria ser entregue para a cliente do estabelecimento. 

Uma década depois, Luzia ainda pensa no valor oferecido e em como ele poderia mudar sua realidade financeira. Há seis anos, ela decidiu entrar em grupos de Facebook e outras redes sociais onde são feitas negociações entre pessoas que buscam uma barriga de aluguel e as mulheres que estão dispostas a “alugarem” o próprio corpo. 

“Tem seis anos que estou nesses grupos, mas tem muito golpe, muita especulação. Não é fácil de conseguir uma pessoa que pague pelo preço que vale. Se eu encontrar alguém um dia, não cobraria barato. Ainda passa pela minha cabeça, sei que perdi uma grande oportunidade em 2013 [quando recebeu a proposta de ser barriga de aluguel]”. 

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Por conta das especulações e propostas financeiras que não foram interessantes a ponto de Luzia aceitar ser barriga de aluguel, as tentativas, aos poucos, foram sendo deixadas de lado. 

Humilde, ela conta que “cresceu sem família”. Apesar de ter contato com a mãe, o pai de Luzia morreu sem conhecê-la. O assunto é delicado e a jovem pede para não falar sobre o tema. Diz apenas que não sabe o que a família pensaria se descobrisse que ela está disposta a ser barriga de aluguel. 

“Cresci sem família e morei em um abrigo da minha cidade. Até hoje não tenho casa para morar. Nos grupos [onde as negociações acontecem] as coisas não são da forma que eu achava que fosse. Achei que fosse mais fácil e mais caro, mas tem mulheres que são BA por R$ 10 mil”. 

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Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

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A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.

De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.

Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.

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“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.

Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.

O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.

“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.

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