Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

Em prol do progresso do estado, TCE-MT promove união institucional

Publicados

MATO GROSSO

Executivo, Legislativo e Judiciário, além de entidades da sociedade civil, se uniram ao TCE-MT para trazer mais eficiência à administração pública, fortalecer políticas e garantir o desenvolvimento sustentável

Executivo, Legislativo e Judiciário, além de entidades da sociedade civil, se uniram ao Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) para trazer mais eficiência à administração pública, fortalecer políticas e garantir o desenvolvimento sustentável. Ao longo do semestre, este trabalho conjunto deu efetividade à missão assumida pelo presidente do órgão, conselheiro Sérgio Ricardo, de reduzir as desigualdades que marcam o estado.

Da implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, passando pela Saúde e pelo desenvolvimento socioeconômico, as ações se fundamentam na orientação e na capacitação dos gestores. Neste contexto, uma importante parceria firmada com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) se renova em eventos como o 1º Congresso Regional de Improbidade Administrativa, realizado pelo Judiciário no TCE-MT em junho.

Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT
Ilustração
1º Congresso Regional de Improbidade Administrativa. Clique aqui para ampliar

No mês anterior, as instituições levaram à Região Oeste o Tribunais em Ação, reunindo em Cáceres (220 km de Cuiabá), mais de 600 representantes do Poder Público de 22 municípios. Na ocasião, Sérgio Ricardo enalteceu a luta dos prefeitos, vereadores e servidores. “Parabenizo a classe política porque sei que não é fácil. Se não discutirmos as desigualdades, nunca teremos um estado bom para todos”, disse.

Para tanto, destacou ser crucial a união com o TJMT. “Temos que começar a resolver questões de cidades como Cáceres. Quando propomos mudanças, não estamos criticando este ou aquele gestor, nosso papel é orientar a criação de políticas públicas, por isso estamos discutindo e levantando possibilidades de crescimento. O TCE e o TJ precisam ir aonde o povo está para dizer que estamos próximos da população, porque os tribunais são as tábuas de salvação da sociedade.”

A fala foi endossada pela presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino da Silva. “Sempre digo que a gente teme ou não confia naquilo que não conhece. Então, esse é o principal ponto que nós identificamos entre a maioria das pessoas que não confiam e tem medo de ir à Justiça ou que tem medo do Tribunal de Contas. Isso porque não conhecem a atuação preventiva e educativa que apresentamos aqui.”

Leia Também:  Em reunião com CRM, SES ressalta preocupação com superlotação de pronto atendimento do Hospital Estadual Santa Casa
Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT
Ilustração
Conselheiro-presidente e juiz-coordenador do projeto Ribeirinho Cidadão pelo TJMT, José Antônio Bezerra Filho. Clique aqui para ampliar

O TCE-MT também apoiou a realização da 17ª edição do Ribeirinho Cidadão, projeto realizado pelo TJMT e pela Defensoria Pública de Mato Grosso (DPMT), com a colaboração de vários órgãos, que busca levar serviços essenciais para pessoas menos favorecidas e desassistidas que moram em locais distantes e de difícil acesso.

Ao longo do ano, inúmeros debates e qualificações também se desdobraram da aliança com a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e com a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). É o caso da Capacitação de Gestores Públicos Municipais de Desenvolvimento Econômico, promovida em abril.

Em fevereiro, a AMM já havia realizado o Seminário de Formação dos Gestores, ocasião na qual o TCE-MT abordou a Nova Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 14.133/2021) e apresentou a cartilha “Gestão em Ano de Eleição”, material elaborado para auxiliar os prefeitos neste último ano de mandato. “Todos têm que se preocupar sobre como manusear o recurso público para não cometer crime eleitoral”, avaliou o conselheiro-presidente, Sérgio Ricardo.

As mudanças trazidas pela Lei nº 14.133/2021 também fizeram parte do conteúdo do curso “Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos”, oferecido no mês de junho aos servidores do Legislativo.

O resultado da união institucional foi destacado pelo presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho. “A Assembleia sempre teve o compromisso de dialogar com os afins e contrários, ponderar, agir quando necessário e fazer valer a grandeza do cargo. É neste sentido que buscamos e sempre buscaremos, por meio da convivência harmoniosa e responsável com os demais Poderes constituídos, o equilíbrio para o bem do estado e do povo.”

Crédito: Thiago Bergamasco
Ilustração
Presidente do TCE-MT durante seminário na AMM. Clique aqui para ampliar

Para o presidente da AMM, Leonardo Bortolin, as instituições estão comprometidas, sobretudo, com o desenvolvimento dos municípios, em especial, com os menores e mais pobres. “O Tribunal tem sido nosso parceiro incondicional, capacitando, qualificando, ouvindo e entendendo as dificuldades e os desafios de todos nós. Seguiremos ao lado do TCE na missão de buscar ferramentas que auxiliem no equilíbrio fiscal das prefeituras.”

Leia Também:  Polícia Civil prende jovem procurado por homicídio em Mirassol d'Oeste

Ao enfatizar o caráter pedagógico das iniciativas, Sérgio Ricardo lembrou que a programação da Escola Superior de Contas, sob supervisão do conselheiro Waldir Teis, conta com mais de 80 cursos em várias áreas em 2024. “Onde houver servidor público, estaremos presentes. Mantermos estas iniciativas porque queremos que todos os prefeitos tenham equipes preparadas e estejam sempre preparados”, afirmou.

Este compromisso foi reforçado no curso “Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos”, destinado a servidores da Saúde de Cuiabá, e com diversas qualificações para o público interno. Neste caso, vale destacar os cursos sobre aspectos gramaticais aplicados ao serviço público, aprimoramento de técnicas de auditoria e treinamento do Programa Nacional de Transparência Pública (PNTP).

Aprimorar e desenvolver

Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT
Ilustração
Sérgio Ricardo em reunião com representantes do Executivo, Judiciário e Legislativo para debater implantação de aterros sanitários. Clique aqui para ampliar

Logo no início de seu mandato, em janeiro, Sérgio Ricardo já havia conclamado a classe política, setor produtivo e sociedade civil a promoverem um pacto pelo desenvolvimento dos municípios do estado, durante edição do TCE em Movimento realizada em Araguainha.

Outras iniciativas em conjunto com ALMT e AMM se destacam, como os debates sobre a destinação de recursos para construção e ampliação de creches e o cumprimento do Marco Regulatório do Saneamento Básico (Lei nº 14.026/2020), discutido também junto ao Governo do Estado e ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).

Desde 2022, o Tribunal vem dando suporte técnico-jurídico para que os municípios possam, por exemplo, criar consórcios que assegurem a instalação de aterros sanitários. Neste ano, em abril, durante reunião com representantes da Secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema) e de Infraestrutura (Sinfra), da ALMT, e do MPMT foi definida a elaboração de estudo que subsidiará a construção dessas unidades.

Na ocasião, o promotor de Justiça Carlos Eduardo Silva chamou a atenção para a articulação do TCE-MT junto às demais entidades. “Estamos envolvendo cada vez mais parceiros nesse trabalho de encerramento dos lixões. Os municípios têm dificuldade de se organizar, principalmente por conta da logística, mas estamos buscando, por meio dessas parcerias, as melhores soluções.”

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

Publicados

em

O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.

Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.

Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.

Leia Também:  VÍDEO: O Governo de Mato Grosso, entregou armamentos, drones e viaturas para a Polícia Civil. A ideia é reforçar o trabalho de combate à violência doméstica no Estado.

“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.

Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.

De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.

“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA