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Empaer fomenta sistema agroflorestal em Dia de Campo em Sorriso

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A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) participou, nesta terça-feira (10.05), em Sorriso (420 km de Cuiabá no sentido norte), de um Dia de Campo promovido pelo Projeto Rural Sustentável – Cerrado, que reuniu 63 pessoas (entre produtores e estudantes), no sítio Fulô, unidade de demonstração e referência em atividades agroflorestais.

A instituição foi representada pelo engenheiro agrônomo e especialista em agroecologia, Rogério Leschewitz, que durante o encontro ministrou a palestra “Manejo de Sistemas Agroflorestais Agroecológicos”, com informações sobre produção e manejo de sistemas agroflorestais.

“A atividade compreende, em grande parte, o funcionamento correto do sistema produtivo, pois a conservação do solo e o aumento da matéria orgânica e da diversidade local estão em constante evolução”, afirmou.

Segundo ele, o encontro foi fundamental para a região, por apresentar aos participantes alternativas viáveis e consolidadas. “Os sistemas agroflorestais podem ser vistos como uma grande oportunidade para agricultura familiar, porque a sustentabilidade é baseada na diversidade, de plantas ou animais, de uma mesma área, potencializando a produção, gerando renda, equilíbrio ambiental e trazendo alternativas para a propriedade”, completou.

Foto: Empaer

Logo após assistir à palestra de Leschewitz, o proprietário do sítio Fulô, Marco Antônio Kraemer Wenzel, disse que pretende solicitar assistência técnica à Empaer.   “Participamos de uma associação de orgânicos e toda ajuda é sempre bem-vinda. O palestrante domina o assunto e irá contribuir muito com a agroecologia de nossa região”.

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Ele explicou que que tudo começou com a vontade de cultivar flores ornamentais pelo sistema agroecológico e, junto com a esposa Nádia Valero Wenzel, optou pelo Sistema Agroflorestal (SAF). “Sonhávamos em ter um pedaço de chão para deixar um legado e mostrar a riqueza brotada da terra, dia após dia. O sonho se concretizou em 2011. No início não sabíamos nem plantar nem produzir. Mas, com o passar dos anos, as ideias foram surgindo e enquanto assistíamos vídeos, participávamos de cursos e conversávamos com outras pessoas, crescia o nosso desejo em cultivar”.

Com o tempo, destaca Marcos, foi aflorando a paixão por agroecologia, sintropia, permacultura, bioconstrução, saneamento sustentável, agroflorestal e, finalmente, flores.  “Queremos engajar o maior número de pessoas e mostrar ser possível cuidar dos próprios resíduos, tratar, reciclar, reutilizar e manter os recursos naturais. Produzir e preservar são estimulantes”, conclui, acrescentando que não mede esforços para compartilhar o conhecimento.

Para Estela Maria Boscov, monitora na microrregião III do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), responsável pela administração e execução do Projeto Rural Sustentável – Cerrado, a parceria com a Empaer enriqueceu o dia de campo. “A palestra de Rogério foi um marco. Ele tem expertise no assunto e domina as particularidades relacionadas à tecnologia utilizadas na atividade. Esperamos contar novamente com sua participação em outros dias de campo a serem realizados no decorrer do ano”.

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O Projeto Rural Sustentável – Cerrado é executado com recursos do Financiamento Internacional do Clima, do Governo do Reino Unido, via cooperação técnica aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), tendo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como beneficiário institucional. O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) é responsável por sua execução e administração, enquanto a Associação Rede ILPF, por meio da Embrapa, pela coordenação científica e apoio técnico.

Entre os participantes estavam produtores e estudantes da Universidade de Cuiabá e do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), além de representantes de entidades regionais e do município.

Foto: Empaer 

Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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