MATO GROSSO
Empaer orienta Xavantes sobre sistemas agroflorestais durante entrega de mudas
MATO GROSSO
A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em parceria com a Prefeitura de Ribeirão Cascalheira, aproveitou a entrega de mudas para explicar sobre a importância do Sistema Agroflorestais junto a cinco comunidades Xavantes da região. As mudas de banana, pequi, batata doce e ramas de mandioca foram adquiridas pela Secretaria de Agricultura do Município e irão beneficiar 1.350 indígenas.
Na sexta-feira (04.02), o técnico da Empaer, Waldemiro Flores Marcolan, e o secretário de Agricultura, Argemiro Coelho de Moraes, realizaram a entrega nas aldeias São Domingos, Santa Vitória, Etenhiritipá, Pimentel Barbosa e Wederã. Em uma nova agenda, outras aldeias da região serão contempladas.
Segundo Waldemiro, que assumiu recentemente a assistência técnica junto aos indígenas, o trabalho será direcionado aos Sistemas Agroflorestais (SAFs) em estudo. “Fizemos a entrega das mudas e pretendemos aperfeiçoar o uso da terra, conciliando a produção florestal com a produção de alimentos, conservando o solo e diminuindo a pressão pelo uso da terra na produção agrícola”.
O técnico destaca que na primeira visita pode conhecer e ver as necessidades de cada aldeia. Ele cita que algumas estão organizadas e conseguindo ter renda com farinheiras, por exemplo. Cita a Aldeia Etenhiritipá que está com 2 toneladas de cumbaru para venda. “É preciso ter uma tabela de valor e conhecer os possíveis compradores, o que ainda falta. Vamos estar orientando nesse processo junto a uma cooperativa de Poconé, além de outras referências”.
Para o secretário de Agricultura, Argemiro Coelho de Moraes, a parceria com a Empaer traz um norte para o trabalho e organiza toda cadeia produtiva, tanto da comunidade indígenas, quanto dos agricultores familiares da cidade. “É uma união que vem dando certo ao longo dos anos e vamos ampliar ainda mais com novas iniciativas que possam auxiliar quem vive no campo a sobreviver”.
O cacique Paulo Cipasse Xavante da Aldeia Wederã também destacou a orientação que tem recebido e a importância da agrofloresta. “Queremos dar qualidade aos alimentos sem esquecer os cuidados necessários. O objetivo é plantar em dois hectares alimentos orgânicos e combater os produtos industrializados e diminuir a incidência de doenças na aldeia”.
De acordo com o cacique, o objetivo é também levar uma horta coletiva para abastecer as escolas da região. “A agrofloresta nos proporciona tudo isso. De forma sustentável equilibra ganhos econômicos, sociais e ambientais e protege a biodiversidade”.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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