MATO GROSSO
Empreendedores apostam em experiência do cliente e sustentabilidade para melhorar resultados, aponta Sebrae/MT
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Os empreendedores do Estado estão mais engajados em proporcionar melhores experiências aos clientes para aumentar faturamento e expandir seus negócios. É o que revela levantamento produzido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). Além da qualidade no atendimento, os empresários também estão mais atentos à adoção de práticas sustentáveis para aumentar a eficiência do trabalho, reduzir gastos e melhorar a reputação no mercado, além dos impactos positivos ao meio ambiente.
Conforme a pesquisa “Radar dos Pequenos Negócios”, 94% dos empresários conversam com seus consumidores para atender às principais demandas, sendo que 28% fazem contato regularmente, 41% de forma pontual e outros 25% apenas quando surgem reclamações. A relação de proximidade com os clientes também pode gerar insights valiosos: pouco mais de 3 em cada 4 empreendedores já fizeram mudanças ou criaram algo novo baseado nas opiniões dos consumidores.
No caso da implementação da sustentabilidade na rotina das empresas, cerca de 60% dos empreendedores já utilizam práticas ecologicamente corretas e mais da metade (52%) deles acreditam que a sustentabilidade aumenta, significativamente, a competitividade da empresa e reforça o potencial estratégico das ações no mercado. No entanto, apenas 23% dos empresários receberam capacitação pelo Sebrae/MT, o que aponta para uma oportunidade de ampliação das ações educativas voltadas a essa temática.
“Essas práticas demonstram o compromisso dos pequenos negócios em entender e atender as necessidades específicas de seus clientes, oferecendo um atendimento de qualidade e promovendo um relacionamento mais estreito e satisfatório. Ao focar em uma experiência positiva, os empresários não apenas fidelizam seus consumidores, mas também fortalecem a reputação de suas empresas. Esse engajamento resulta em uma publicidade espontânea e positiva, ampliando a relevância das empresas em um mercado cada vez mais exigente e competitivo”, comenta a diretora Superintendente do Sebrae Mato Grosso, Lélia Brun.
Com a transformação do perfil do consumidor ao longo dos últimos anos, os pequenos negócios também precisam se reinventar para se posicionarem diante do momento e da concorrência. De acordo com o levantamento, a maioria (53%) dos empreendimentos diz se adaptar rapidamente às mudanças no mercado e 9% buscam estar à frente para se antecipar às novidades. Em relação aos processos das empresas, 68% estão em fase de estruturação ou já organizadas em suas atuações, enquanto o restante dos negócios está pouco organizado ou sem processos definidos.
Desafios enfrentados
A escassez de mão de obra qualificada é o principal desafio para as empresas em Mato Grosso. Segundo o Radar dos Pequenos Negócios, 45% dos empreendimentos sofrem com a baixa disponibilidade de profissionais no mercado de trabalho. Em segundo lugar, para 24% dos entrevistados, aparece a falta de conhecimento teórico para lidar com os obstáculos cotidianos. Já para os interessados em explorar o mercado internacional, os maiores entraves são a falta de recursos financeiros (40%) e de conhecimento (25%), a burocracia na execução de procedimentos (24%) e a complexidade regulatória (18%).
Diante do panorama, o Sebrae/MT apoia o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios, por meio de programas de qualificação profissional, workshops e treinamentos sobre diversos temas, como marketing, inovação, gestão, acesso a crédito, entre outras ações que fortalecem e fomentam o empreendedorismo regional.
“Realizamos uma série de ações, eventos, pesquisas e relatórios sobre tendências, onde criamos uma trilha de aprendizado personalizada. A ideia é sensibilizar o empresário sobre a importância de buscar conhecimento e a inovação para se tornar mais competitivo. Essas ações reforçam o nosso papel como parceiro estratégico, ajudando os empresários a superar barreiras e a implementar soluções inovadoras de forma prática e eficaz”, finaliza a Superintendente.


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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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