MATO GROSSO
Empresa alvo é suspeita de esquema de R$ 33 milhões em SC
MATO GROSSO
Alvo da Operação Hypnos em Cuiabá, a empresa Remocenter Serviços Médicos, que tem filial em diversos estados, é acusada de envolvimento em um esquema dos “respiradores fantasmas” que causaram prejuízo de R$ 33 milhões em Santa Catarina.
A investigação da Polícia identificou que a filial em Mato Grosso é uma empresa de fachada, e foi utilizada pela Empresa Cuiabana de Saúde (ECS) para o desvio de verbas na compra de medicamentos.
O esquema, que envolve o ex-secretário de Saúde de Cuiabá Célio Rodrigues, teria desviado mais de R$ 1 milhão da Capital em 2021. Outras dezenas de pagamentos suspeitos estão sendo investigados.
Ao analisar o histórico da empresa, o Núcleo de Inteligência da Deccor (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção) identificou que a Remocenter é acusada de outro esquema em Santa Catarina, durante o auge da pandemia de Covid-19, em 2020.
A Autoridade Policial salienta que essa alternância de função é um artifício empresarial típico de empresas que são usadas de ‘fachada’ para lavagem de dinheiro e outros ilícitos, como o peculato
Foram pagos R$ 33 milhões à Remocenter na aquisição de 200 equipamentos de respiradores que sequer chegaram a ser entregues nas unidades de saúde do Estado.
À época, a empresa tinha como sócio Maurício Miranda de Mello, também alvo da Operação Hypnos, e teve sua sede transferida para Mato Grosso após a denúncia de corrupção em Santa Catarina.
Logo depois, ocorreu uma alternância de função de sócios administradores da Remocenter, figurando entre seus sócios Mônica Cristina Miranda dos Santos, também investigada pela Deccor. Ela é irmã de Maurício Miranda.
“A Autoridade Policial salienta que essa alternância de função é um artifício empresarial típico de empresas que são usadas de ‘fachada’ para lavagem de dinheiro e outros ilícitos, como o peculato”, detalhou no documento de investigação.
A Polícia ainda identificou que o sexto alvo da operação, João Bosco da Silva, aparentava ser um sócio laranja, que sucedeu Mônica na empresa Remocenter.
Em novembro de 2020, ele outorgou poderes a José Edson da Silva para atuar como representante da empresa perante terceiros ou entes públicos.
Apesar de não ser alvo da operação em Mato Grosso, José Edson também consta entre os réus do caso conhecido como “esquema dos respiradores”.
Entenda a operação
A Policia Civil prendeu o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues durante a Operação Hypnos, deflagrada na manhã desta quinta-feira (9).
Ele é suspeito de participação em esquema de corrupção instalado na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) no ano de 2021.
Na operação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão domiciliar, sendo eles: Célio Rodrigues da Silva, Eduardo Pereira Vasconcelos, Nadir Ferreira Soares Camargo Da Silva, Mônica Cristina Miranda Dos Santos, Maurício Miranda De Mello e João Bosco Da Silva.
Também houve dois afastamentos cautelares de exercício da função pública contra Nadir Ferreira Soares Camargo Da Silva e Eduardo Pereira Vasconcelos. E o sequestro de bens móveis, imóveis e de valores nas contas da empresa Remocenter, do ex-secretário de Saúde e de Vasconcelos.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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