MATO GROSSO
Encontro de Turismo Rural consolida cadeia produtiva e o retorno das atividades
MATO GROSSO
O Encontro de Turismo Rural em Áreas Naturais na Bacia do Pantanal, promovido pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), reuniu, nesta segunda-feira (06.06), produtores rurais, gestores, acadêmicos, empresários, técnicos e interessados no assunto. Realizado no Centro de Eventos do Pantanal, o evento fez parte da programação do Fit Pantanal 2022 (Fórum Internacional do Turismo do Pantanal 2022), promovido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio-MT).
No primeiro painel sobre Políticas Públicas no Turismo Rural, o presidente da Empaer, Renaldo Loffi, a secretária de Estado de Agricultura Familiar, Teté Bezerra, e o representante do Ministério de Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa) em Mato Grosso, Osmano de Freitas, falaram sobre a necessidade de fomentar o setor com políticas públicas e assistência técnica.
O presidente da Empaer, Renaldo Loffi, destacou que a instituição fomenta o turismo rural por meio das cadeias produtivas, agregando mais uma opção de fonte de renda para o agricultor familiar. “O turismo rural contribui e permite a diversificação das atividades no campo, gerando trabalho e renda alternativa para os membros da família, além de incentivar o associativismo entre os produtores, proporcionando benefícios econômicos, sociais e ambientais a toda região”.
Teté Bezerra frisou a expertise da Empaer no segmento pela proximidade com o agricultor familiar, que a torna ainda mais responsável em fomentar o turismo rural junto a este público. “Por experiência acumulada ao longo dos anos, entendo que, para se criar novas formas de renda, é preciso planejamento associado à vontade do agricultor. Ele precisa entender que pode transformar sua propriedade em um espaço de lazer e ter mais uma fonte de renda. Mas, para isso, precisa da assistência técnica. Um turismólogo ou especialista no assunto, faz toda a diferença”.
Foto: Empaer
O representante do Mapa, Osmano de Freitas, destacou o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Existem linhas de financiamento para custeio e investimentos em implantação, ampliação ou modernização da estrutura de produção, beneficiamento, industrialização e de serviços. O foco é a geração de renda e a melhora do uso da mão de obra familiar”.
No segundo painel, o tema foi “Formatação, Estruturação e Qualificação de Produtos no Turismo Rural”, apresentado pelos turismólogos Robson Júnior Hartmann, da Empaer, e Luciana Viegas, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT).
Robson Hartmann detalhou seu trabalho junto ao agricultor interessando em fomentar o turismo rural na sua propriedade – da primeira visita ao início da assistência técnica, passando pelo diagnóstico. Falou da importância dos conselhos municipais de turismo, órgão colegiado com representantes da comunidade e consolidado por lei.
Já Luciana Viegas destacou o trabalho desenvolvido na comunidade de São Jerônimo, entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães. Como a assistência técnica tem mudado a realidade dos moradores, a partir da realização de feiras e eventos.
Na sequência, a conselheira da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), Marina Marchezini, dividiu o espaço com o consultor e coaching, Valdizar Andrade.
Marina explanou sobre a Rede Brasileira de Trilhas, um sistema desenvolvido pelo Ministério do Turismo cujo objetivo é padronizar todas as trilhas pelo Brasil. A ferramenta é mais uma forma de agregar conservação, saúde, emprego e renda.
Finalizando, Waldizar Andrade, destacou a importância do Encontro, que vem somar com a sua experiência de vida como caminhante e se preparando para mais um novo desafio – o Caminho de Santiago de Compostela por um novo percurso.
Em todo os painéis, foram abertos para questionamentos e apresentações dos participantes que usaram o espaço.
Foto: Empaer


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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