MATO GROSSO
Encontro Indígena reúne povos originários e oferece programação cultural para o público
MATO GROSSO
“Neste ano, a proposta é refletir sobre as territorialidades, que não se restringem apenas ao espaço geográfico, mas se estendem à existência de cada povo, à preservação da cultura e o papel das aldeias na sustentabilidade e proteção contra mudanças climáticas. O Encontro Indígena é também uma festa, uma celebração da vida e da cultura dos povos originários”, explica Enir Maria Silva, coordenadora do Museu de História Natural.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificam 240 povos indígenas no Brasil, sendo 43 deles em Mato Grosso, com uma população de 42 mil indígenas residentes em todo o estado. Entre as etnias já confirmadas estão os Umutina, Kuikuro, Bororo, Karajá, Xavante, Kamayurá, Kurâ-Bakairi, Manoki e Guató.
Para Nárru Yamalui, do povo Kuikuro – do Alto Xingu, o evento é uma oportunidade para vivenciar a diversidade cultural entre os povos indígenas de Mato Grosso. “Nós somos indígenas e temos língua, crenças, arte e histórias diferentes. Nos encontros a gente conversa com as crianças, jovens e adultos e tira dúvidas sobre a nossa realidade. Essa é uma forma de fortalecer a nossa cultura”.
Ao todo, a organização do evento espera receber até cinco mil pessoas ao longo dos quatro dias de programação. Para o público geral, será uma oportunidade de conhecer mais sobre a luta e a cultura dos povos indígenas, além de participar oficinas de biojoias, confecção de bonecas indígenas, idioma, grafismo, pintura facial e arco e flecha. Também haverá artesanato produzido pelos indígenas para exposição e venda no local, viabilizada por meio de uma parceria do programa Mato Grosso Criativo, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).
“Os povos indígenas possuem saberes, práticas e tradições que são incorporadas na culinária, música, dança, folclore e na língua de todo povo brasileiro. Esta será uma oportunidade para dialogar com os diferentes povos que participarão do evento e se conectar com essa herança ancestral de forma ativa e consciente”, comenta Vitória Ramirez Zanquetta, curadora do Museu.
O Encontro Indígena é realizado desde 2008 pelo Museu de História Natural de Mato Grosso, e reúne representantes de diferentes povos para compartilhar experiências, saberes e lutas. Por meio do evento, a instituição busca estreitar laços com os povos originários e contribuir para o fortalecimento e valorização das culturas tradicionais.
Serviço:
O Museu de História Natural de Mato Grosso é um equipamento cultural da Secel-MT, que funciona em gestão compartilhada com o Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss). Endereço: Av. Manoel José de Arruda, 2000 – Jardim Europa, Cuiabá – MT
Para inscrições e mais informações sobre a programação acesse: https://www.sympla.com.br/10-encontro-indigena__1950613
Entrada: 1kg de alimento não perecível por pessoa. O montante será doado para os povos indígenas que participam do evento.
Transmissão online das mesas redondas: youtube.com/@museudehistorianaturaldema1041
Mais informações sobre o evento e o Museu no Instagram: @museuhistorianaturalmt
Com informações da assessoria do Museu de História Natural
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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