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Escola Técnica Estadual de Cáceres terá foco no fortalecimento das relações com a Bolívia

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O Governo de Mato Grosso pretende, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), fortalecer as relações entre Cáceres (MT) e San Matías (Bolívia), com a oferta de ensino direcionada às necessidades locais, através da nova Escola Técnica Estadual de Cáceres, inaugurada no mês de março.

Com processo seletivo para contratação de professores a ser lançado em breve, o início das aulas está previsto para o segundo semestre deste ano, quando, inicialmente, serão ofertados os cursos técnicos de Guia de Turismo e Recursos Humanos, com duração média de dois anos. 

A escolha dos cursos foi discutida entre o secretário da Seciteci, Maurício Munhoz, a superintendente de Educação Profissional e Superior (Seciteci), Pollyana Peron, e o secretário Especial de Assuntos Estratégicos de Cáceres, Cláudio Henrique Donatoni, em reunião na última segunda-feira (18.04).

Segundo Munhoz, além dos cursos já definidos, a Secretaria fará um trabalho paralelo de consulta à sociedade para a identificação e atendimento de demandas específicas. A meta é ouvir os segmentos organizados, como o comércio, a indústria, o setor de serviços e outros segmentos envolvidos diretamente na abertura de postos de trabalho. 

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“A sociedade de Cáceres aguardou por mais de 10 anos pela conclusão da escola técnica, e agora temos que corresponder às expectativas, ofertando a melhor grade possível de cursos. E mais: cursos que correspondam à demanda real do município”, pontuou o secretário Maurício Munhoz.

“A ETE de Cáceres tem um apelo diferenciado, exatamente pela condição que o município ocupa enquanto fronteira seca, e pela forte relação comercial mantida com a Bolívia. Tudo isso está sendo ponderado pela nossa equipe para construir a melhor grade possível de cursos. Vamos surpreender a sociedade de Cáceres e tentar, ao máximo, amenizar o atraso de mais de 10 anos na oferta de qualificação”, concluiu.

Além dos cursos técnicos, a ETE também vai ofertar os chamados FICs, cursos de Formação Inicial e Continuada, de menor duração e de rápida absorção pelo mercado de trabalho. 

Relação Brasil-Bolívia

Desde 2019, as cidades mato-grossense e boliviana são consideradas cidades-gêmeas pelo Governo Federal, por estarem localizadas na mesma linha de fronteira seca, e integradas por um grande potencial de relação econômica e cultural. Com isso, os municípios mantêm entre si uma espécie de zona de livre comércio, estimulando a expansão na compra e venda de produtos, bem como na oferta de vagas de emprego e contratação de mãos de obra entre os países.

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Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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