MATO GROSSO
Escola Técnica Estadual forma profissionais da Enfermagem em Rondonópolis
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Segundo Solange, o sonho de infância acabou ficando de lado quando precisou se dedicar a outras tarefas. Entretanto, com incentivo do filho, a agora técnica em enfermagem se inscreveu no processo seletivo da ETE Rondonópolis, foi aprovada e conseguiu concluir a formação para atuar profissionalmente na área que sempre desejou.
“Em um certo momento, meu filho me contou sobre um processo seletivo para um curso técnico na escola e disse: ‘mãe, essa sempre foi a vontade da senhora e chegou a hora’. Foi quando eu fiz o seletivo, fui selecionada e comecei a estudar. Então, ter a oportunidade de fazer esse curso foi a realização de um sonho”, contou Solange.
Assim como ela, o técnico Rodrigo Ramos, de 31 anos, também cresceu com o interesse em atuar na área da saúde. O sonho, entretanto, esbarrou nas dificuldades financeiras para arcar com um curso em uma instituição privada. A oportunidade de estudar na Escola Técnica Estadual possibilitou, segundo ele, a oportunidade de voltar a se dedicar à área com a qual sempre sonhou.
“Tive um problema com o meu Fies e, na época, eu tinha que escolher entre bancar a minha casa ou a faculdade, e eu optei pela casa. Quando surgiu a oportunidade de estudar na escola do Estado, decidi ir. Estar me formando agora é motivo de orgulho para mim e meus pais”, compartilhou o estudante.
Para a diretora da ETE Rondonópolis, Leila Aoyama, a formatura consagra uma importante caminhada para os técnicos e para a saúde de Rondonópolis. Também professora da área da Enfermagem, Leila destacou que os estudantes são reconhecidos como referência na região por conta da qualidade do ensino oferecido.
“A Escola está em festa. Para Rondonópolis, essa conclusão é muito importante, pois o próprio município reconhece a qualidade do ensino da nossa escola. Esses novos profissionais vão fazer uma grande diferença para a nossa cidade”, disse a diretora.
O curso foi ofertado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), e visa atender a grande demanda de profissionais da área da saúde. Durante as aulas, os estudantes tiveram aulas teóricas, práticas e também realizaram o estágio obrigatório, como determina o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MT).![]()
”Eu já estou atuando. Entrei em uma unidade como estágio voluntário, trabalhei lá por um mês e depois já fui para estágio remunerado. Depois, agora em agosto eu já fui contratada, e sou apaixonada pela área que escolhi”, concluiu a estudante.
A cerimônia de colação de grau contou com a presença do superintendente de Educação Profissional da Seciteci, Endrigo Antunes, e de toda a equipe de apoio técnico e pedagógico da ETE Rondonópolis.
Fonte: Governo MT – MT
MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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