MATO GROSSO
Escolas estaduais têm até 1º de novembro para se inscreverem no projeto Hortas Escolares
MATO GROSSO
As escolas da rede estadual de ensino têm até o dia 1º de novembro para se inscreverem no projeto Hortas Escolares, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O projeto deverá ser enviado por e-mail, exclusivamente em formato PDF, com o nome da escola.
Nste ano, a Superintendência de Diversidades e da Coordenadoria de Educação do Campo e Quilombola irá contemplar 300 unidades escolares, dentre as quais a Escola Estadual Jaraguá, a Escola Estadual Terra Nova e a Escola Estadual Deputado Oscar Soares, que receberão cada uma o valor de R$20 mil por terem a especificidade de serem escolas agrícolas.
Como forma de incentivo ao empenho e resultados pedagógicos alcançados pelas escolas participantes, haverá um acréscimo na premiação para as unidades que mais se destacaram na execução do Projeto Horta escolar 2021/2022. As 10 melhores receberão R$15.929,10, e, da 11ª à 26ª colocadas, receberão o valor de R$13.000,00. As demais unidades escolares receberão R$9.493,00 cada uma.
Em relação às 26 escolas premiadas na edição 2021-2022, ol recurso só será repassado após as escolas realizarem suas inscrições no edital 2022-2023.
“Reforçamos que o prazo termina no dia 1º de novembro e que não haverá prorrogação”, alerta Lucia Santos, superintendente de Diversidades. Ela destaca que o recurso do Projeto Hortas Escolares terá um total de financiamento de R$3 milhões. Esse valor será subsidiado pela Seduc-MT, em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar de Mato Grosso (Seaf-MT).
Ferramenta pedagógica
A horta escolar é uma ferramenta pedagógica importante para consolidar e aprofundar a formação integral dos estudantes, ampliando habilidades e competências que favorecem a autonomia para exercerem a cidadania, a construção do projeto de vida e a qualificação para o mercado de trabalho.
“Sabemos que uma horta pode se tornar um laboratório vivo para diferentes atividades didáticas”, observa Lucia. Ela lembra que, além disso, a horta oferece vantagens para a comunidade escolar, como uma variedade de alimentos a baixo custo no lanche das crianças. Lucia ainda afirma que o culto de uma horta cultivada na escola reverbera no cotidiano do aluno, estimulando o cultivo de hortaliças em suas casas. “Alcançamos tanto a educação ambiental quanto uma questão socioambiental”.
Os objetivos da proposta são valorizar a agricultura familiar, o empreendedorismo, a vivência e o contato com os recursos naturais, a postura responsável diante do meio ambiente, os conhecimentos técnicos sobre instalação e manejo da horta, a qualidade nutricional dos estudantes e o cooperativismo. O projeto oferece aos estudantes experiências relevantes, unificando o processo de aprendizagem, o trabalho em equipe e a valorização do papel importante da agricultora familiar.
Escolas premiadas na edição 2021-2022
Na edição passada do projeto, foram premiadas as seguintes escolas: EE Ponde de Arruda (Acorizal), EE Ivone Borkwski de Lima (Nova Canaã do Norte), EE Raio de Sol (Cuiabá), EE Guimarães Rosa (Alta Floresta), EE Tereza Conceição de Arruda (Nossa Senhora do Livramento), EE Criança Cidadã (Cáceres), EE Coutinho União (Querência), EE Nova Galileia (Colíder), EE Militar PM Tiradentes ‘Cabo José Martins de Moura’ (Confresa), EE Argemiro Rodrigues Pimentel (Poxoreu), EE Cel. Antonio Paes de Barros (Colider), EE Antonio Rosa (Poconé), EE União da Chapada (Campo Novo do Parecis), EE Estevão de Mendonça (Guiratinga), EE José Mariano Bento (Barra do Bugres), EE Rosmay Kara José (Novo Horizonte do Norte), EE Irany Jaime Farina (Guarantã do Norte), EE Carlos Drummond de Andrade (Sinop), EE Irmãos do Caminho (Várzea Grande), EE Reunidas de Cachoeira Rica (Chapada dos Guimarães), EE Marechal Cândido Rondon (Campo Novo do Parecis), EE José Aparecido Ribeiro (Nova Mutum), EE Castro Alves (Diamantino), EE Benedita Augusta Lemes (Jangada), EE Zeni Vieira (Sinop) e EE Dom Vunibaldo (Juscimeira).
Link das informações no site da Seduc-MT
Fonte: GOV MT
MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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