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Especialistas debatem conservação ambiental e desenvolvimento sustentável no Tribunais em Ação

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Pensar a conservação ambiental como direito humano é passo crucial no caminho para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, apontaram especialistas que palestraram no Tribunais em Ação, nesta quarta-feira (22). A questão foi debatida junto a representantes de 22 municípios da região Oeste durante o encontro, que é realizado pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) e pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em Cáceres (220 km de Cuiabá).

Na palestra “Meio Ambiente, Sustentabilidade e Cidadania Ambiental: uma análise à luz dos ODS”, a juíza titular da Quarta Vara da Comarca de Cáceres, Henriqueta Fernanda Lima, reforçou a necessidade de reconhecimento e mobilização pela causa. “Não só os tribunais, mas toda a sociedade e as empresas, precisam ser impactados pelos problemas ambientais para que, nesse processo, possamos trazer agentes transformadores da sociedade”, afirmou.

O secretário-geral de Controle Externo, auditor público Vitor Pinho, lembrou o avanço do tema na instituição, por meio do trabalho da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Sustentabilidade, presidida pelo conselheiro Sérgio Ricardo. “É preciso conscientizar toda a população. Não basta fazermos o nosso controle técnico diário lá dentro do Tribunal; é preciso participarmos efetivamente a sociedade sobre as decisões governamentais em matéria ambiental e principalmente sobre o impacto delas no agravamento das desigualdades regionais”, afirmou durante a palestra “Sustentabilidade e o Enfrentamento das Desigualdades Regionais.”

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Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT
Ilustração
Juíza titular da Quarta Vara da Comarca de Cáceres, Henriqueta Fernanda Lima.

Neste sentido, a presidente do Conselho do Meio Ambiente de Cáceres, Beatriz Freire Tavares, destacou que o meio ambiente é responsabilidade de todos. “Uma das nossas funções é acolher pesquisas e projetos de educação ambiental. Existem muitas pessoas, que não necessariamente estão ligadas a órgãos públicos, com propostas interessantes e isso precisa ser levado a frente, porque não podemos apenas esperar pelo poder público.”

Já o diretor presidente da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres, Adilson Reis, destacou que o evento foi ao encontro da iniciativa, que está em processo de implantação no município.  “Estamos acompanhando e orientando, principalmente as empresas novas, para os seus processos de licenciamento ambiental. Então, palestras deste nível, acompanhamento do gestor e qualificação dessas ações, vêm em um momento bastante oportuno”, pontuou.

Tribunais em Ação

O Tribunais em Ação propõe a formação técnica a prefeitos, vereadores e servidores públicos de diversos setores por meio de uma série de palestras e oficinas que se estendem até a quinta-feira (23). Além disso, ao longo dos dois dias haverá o compartilhamento de informações e produtos dos tribunais que possuem relação direta com a atuação dos jurisdicionados.

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Esta segunda edição do programa conta com mais de 800 inscritos dos municípios de Cáceres, Araputanga, Campos de Júlio, Comodoro, Conquista D’Oeste, Curvelândia, Figueirópolis D’Oeste, Glória D’Oeste, Indiavaí, Jauru, Lambari D’Oeste, Mirassol D’Oeste, Nova Lacerda, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Salto do Céu, São José dos Quatro Marcos, Sapezal, Vale de São Domingos e Vila Bela da Santíssima Trindade.

Vale destacar que o Programa conta com a parceria da Prefeitura e da Câmara Municipal de Cáceres, da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e da União das Câmaras Municipais de Mato Grosso (UCMMAT).

 

Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br
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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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