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Estado precisa de 120 mil casas para resolver deficit

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Mato Grosso tem um deficit habitacional de 120.207 moradias. Deste total, 40,5%, ou 48.656 famílias tem ônus excessivo com o aluguel urbano, 40,1%, ou 48.207 são habitações precárias (moradias cujo material é diferente de alvenaria), e 19,4%) ou 23.344 moradias, são na modalidade de coabitação (domicílios com mais de um núcleo familiar). Dados são do relatório de deficit habitacional do Brasil, divulgado este ano, pela Fundação João Pinheiro (FJP).

 

O relatório revela que o deficit habitacional relativo em Mato Grosso representa 9,9% do total de domicílios particulares (permanentes e improvisados) ocupados no Estado, que somam 1.212.952. Com relação às 27 unidades da federação, Mato Grosso representa 1,93 % do deficit habitacional existente no Brasil.

 

O Estado também aparece com deficit habitacional relativo superior ao do país, com 9,9%. O Brasil compreende 75.221.762 domicílios particulares e o deficit habitacional relativo totaliza 6.215.313 domicílios, o que representa 8,3%. No Dia Nacional da Habitação, celebrado nesta quarta-feira (21), os números revelam a falta de acesso à moradia digna.

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Na região Centro-Oeste, Mato Grosso é o estado com mais habitações precárias e apresenta predomínio do componente ônus excessivo com aluguel, que ocorre em domicílios com até três salários mínimos de renda domiciliar e cujo gasto supere 30% da renda familiar especificamente com o aluguel, o que pode resultar em dificuldades financeiras, perda de bem estar e instabilidade habitacional.

 

É o caso da dona de casa Eliete dos Santos, 43, mãe solo de três filhos: Fernando, 16, Inácio, 12, e Samuel, 2. Ela conta que a única renda que recebe é proveniente do benefício do Programa Bolsa Família, no valor de R$ 1.200, e 50% era para pagar o aluguel.

 

“Estava passando fome com eles, porque não sobrava quase nada”. Revela que não consegue trabalhar fora, pois o seu filho mais velho tem autismo e precisa dos seus cuidados em tempo integral. Segundo Eliete, faz pouco tempo que se mudou para uma área de ocupação, na região do Contorno Leste, em Cuiabá.

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“Improvisei algumas tábuas e com a solidariedade das pessoas erguemos um cômodo, onde durmo com os meus filhos. A situação não é fácil, continuo passando dificuldades, mas é melhor que antes, pois agora sobra mais para comprar comida”.

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Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

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A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.

De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.

Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.

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“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.

Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.

O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.

“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.

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