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Estudantes da rede estadual de MT embarcam para representar o Brasil em competição mundial de robótica

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Onze estudantes da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso estão de malas prontas para embarcar, neste domingo (14.04), para a cidade texana de Houston, nos Estados Unidos. Eles formam a Canintech, uma das seis equipes que representarão o Brasil no First Championship 2024, maior competição mundial de robótica.

O evento ocorrerá de 17 a 20 de abril, no Centro de Convenções George R. Brown.

A equipe, formada por alunos das Escolas Estaduais Nilza de Oliveira Pipino, Edeli Montavani, João Olímpio Pissinati Guerra e Enio Pipino,  localizadas em Sinop, vai competir na modalidade First Robotics Competition (FRC), considerada a mais avançada na disputa entre robôs de porte industrial construídos por estudantes de Ensino Médio. As máquinas chegam a pesar 56 kg, têm 1,2 metro de altura e são projetadas para realizarem tarefas em uma arena, como jogar objetos em um alvo.

Os estudantes conquistaram o passaporte para a competição nos EUA por terem sido vencedores na etapa nacional no Torneio Sesi de Robótica, realizado na primeira semana de março, em Brasília (DF). São jovens que fazem parte de um grupo de 13.265 estudantes que cursam Habilitação Técnica de Nível Médio, o itinerário V do novo Ensino Médio, em parceria com o Senai, em 36 municípios.

Ana Vitória dos Santos Monteiro, 17 anos, do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Olimpio João Pissinati Guerra, é também aluna do curso Técnico em Automação Industrial, realizado por meio de parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT). Ela se considera vencedora em tudo o que faz e está confiante no desempenho da sua equipe e do Coqueirinho 2.0, nome dado ao robô que a equipe construiu para competir na modalidade FRC.

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“Já somos vencedores, mas o lado positivo desta jornada de competição é o benefício de trabalharmos em equipe. Outro ponto é que, desde o início, as matérias repassadas no curso técnico e também na nossa escola João Pissinati, ajudaram muito nesta trajetória, como matemática, física, inglês, automação, programação, informática, e outras disciplinas que também agregaram muito na minha preparação”, disse Ana.

Nicolas Nathã Pires da Silva, 16 anos, cursa o 2º ano na Escola Estadual Nilza de Oliveira Pipino, e também faz o curso Técnico em Desenvolvimento de Sistema, no Senai.

“Vejo que a educação uniu a teoria à prática. Sinto orgulho de estar na rede estadual e também no Senai, que me proporcionou fazer parte da equipe Canintech e fazer essa viagem ao Estados Unidos. Só tenho a agradecer e me esforçar para voltarmos como campeões”, ponderou.

Foto: Assessoria
A empolgação é a mesma para o estudante Guilherme Cajaiba Ribeiro Silva, 16 anos, que faz o 2º ano na Escola Estadual Professora Edeli Mantovani e também o 2º ano do curso Técnico de Automação Industrial.

“Representamos Mato Grosso na competição de Brasília e agora vamos representar o Brasil em Houston. Vamos agregar novos aprendizados e ooportunidades. É uma oportunidade de crescimento que só a educação poderia nos oferecer”, afirmou.

De acordo com a diretora Regional de Educação do polo Sinop, Cristiane Olinda, a preparação dos alunos tambem contou com apoio da equipe psicossocial da DRE, que trabalhou com os alunos sobre a participação na competição e na viagem internacional.

“No que depender do equilíbrio emocional, a Canintech voltará como campeã. Trabalhamos questões como controle da ansiedade, distinção entre emoções e sentimentos, autoconhecimento, trabalho em equipe, além de buscar o acolhimento e apoio por parte dos familiares”, explicou Cristiane.

Além de Ana Vitória, Nicolas e Guilherme, os demais componentes da equipe, Alana Sophya dos Santos Elias, Geicy Kelly Bianchi da Silva, Henrique Riffel, Leonel Vitor Venâncio Silvino Oliveira, e Rafaella Rodrigues também tiveram o apoio da psicóloga Edilaine Pereira e da assistente social Lucimara Pagliari, da equipe psicossocial da DRE.

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“Também entram nessa rede de apoio os professores da Seduc e do Senai, que os orientaram nos meses anteriores à viagem. Trabalhamos muito no reforço na Língua Inglesa para que esse evento seja emocionante para os nossos estudantes e celebre a criatividade e paixão pela robótica”, completou a diretora da DRE Sinop.

O evento

Organizado pela FIRST®, o FIRST Championship ocorre desde 1995. É um evento internacional culminante da temporada de competições juvenis de robótica e uma celebração anual da ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM).

Em 2023, o evento reuniu mais de 15 mil competidores de 50 países. O torneio reconhece o trabalho de estudantes de 6 a 19 anos, que, em equipes, devem construir e operar robôs, além de desenvolver projetos de ciência e tecnologia para a comunidade.

As equipes

Nesta edição de 2024, os organizadores do evento esperam receber mais de 50 mil pessoas entre participantes de todas as modalidades e visitantes.

Na modalidade que a equipe Canintech irá participar, a FIRST Robotics Competition, pelo menos 600 equipes estarão no FIRST Championship em Houston e farão 10 partidas de qualificação cada uma.

As equipes automaticamente qualificadas serão as vencedoras do FIRST Impact Award e do Engineering Inspiration Award, além do Capitão e da Primeira Escolha da aliança vencedora.

As demais equipes brasileiras que irão ao evento representam os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Amazonas. Elas competem nas modalidades FIRST Tech Challenge e FIRST LEGO League – que se divide em Explore e Challenge.

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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