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Estudantes da Rede Estadual imergem na era digital com tecnologias dentro e fora da sala de aula

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O governo de Mato Grosso já investiu, desde o início da gestão, em 2019, mais de R$ 346 milhões em equipamentos eletrônicos direcionados aos estudantes da Rede Pública Estadual. A ação, que foi intensificada nos últimos anos, tem como objetivo fortalecer a imersão dos estudantes dentro das ferramentas de acesso e plataformas digitais, como forma de reforçar a aprendizagem e o acesso às plataformas de ensino. Além disso, o Estado também investiu no Programa ETI@DIGI, disponibilizando um equipamento em regime de comodato aos estudantes matriculados no 1° ano do Ensino Médio, integrando o ensino dos jovens e expandindo o conhecimento.

A diretora da Escola Estadual Indígena Jula Pare, Eliane Monzilar, em Barra do Bugres, relata que os chromebooks são utilizados diariamente e desenvolvem um papel muito importante na aprendizagem. “Eu me lembro quando os equipamentos chegaram, os estudantes ficaram curiosos e empolgados para utilizar e navegar com o equipamento pela primeira vez. Vendo o desempenho deles hoje em sala de aula eu posso afirmar que é um instrumento que fortalece o ensino e aprofunda o conhecimento”, afirma.

O jovem Kawe Corezomaé Amajunepá, da Escola Indígena Jula Pare, disse que com os equipamentos a comunidade escolar consegue acessar as plataformas e ficar mais preparada para o futuro com projetos colaborativos que desenvolvem as habilidades digitais. “É um elemento que facilita e integra as ações realizadas na escola”, explicou.

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Já o estudante Fabrício Amajunepá Uapodonepá, da mesma unidade, contou que os computadores são utilizados diariamente para complementar os estudos. “Nós utilizamos o chromebook para escrever, realizar pesquisas e trabalhos passados em sala de aula”, falou.

Segundo o jovem, as novas tecnologias estimulam a necessidade de integrar cada vez mais os estudos e os equipamentos, contribuindo para o avanço da aprendizagem na comunidade.

A utilização dos equipamentos em sala de aula vai muito além das funções básicas, como explica o estudante José Amado de Oliveira, jovem com deficiência visual da Escola Estadual João de Campos Widal de Mirassol d’Oeste. Para ele, o chromebook possui todas as ferramentas necessárias e inclusivas, permitindo que ele se desenvolva e continue progredindo nos estudos. “Não tenho dificuldades em utilizar o equipamento, ele vem adaptado para que eu possa realizar as tarefas e consiga integrar o estudo que é aplicado em sala com as atividades da plataforma”, afirmou.

O diretor da unidade, Euclides da Silva, contou que é muito gratificante ver o José realizando as atividades disponibilizadas nas plataformas. “O José é um aluno exemplar e motivado, que utiliza a tecnologia ao seu favor, realizando as atividades propostas através do chromebook. Investir em tecnologia é investir no futuro e na inclusão dos estudantes como o José, integrando cada vez mais a educação com a tecnologia”, disse.

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O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, ressaltou o fortalecimento da Rede Estadual através dos investimentos realizados pelo Governo do Estado. “A entrega dos chromebooks, das smartTVs e dos chips com acesso à internet, representa todo o cuidado e respeito que o Governador Mauro Mendes tem com a educação em Mato Grosso. Ao longo dos últimos dois anos, nós conseguimos fazer com que várias dessas estratégias fossem planejadas e começassem a acontecer. Essas ferramentas tecnológicas foram pensadas para estimular os estudantes do século XXI e contribuir com as nossas políticas públicas de avanço na educação”, destacou.

Fonte: Governo MT – MT

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Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

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O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.

Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.

Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.

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“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.

Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.

De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.

“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.

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