MATO GROSSO
Exposição ‘Qual é a sua cruz?’ fica aberta ao público até 08 de maio no Museu de Arte Sacra
MATO GROSSO
Aberta ao público no Museu de Arte Sacra de Mato Grosso, a exposição coletiva “Qual é a sua cruz?” fica disponível para visitação até 08 de maio. A mostra reúne 79 cruzes elaboradas por 56 artistas do Centro-Oeste brasileiro, entre eles nomes conhecidos como Adir Sodré, Babu 78, Benedito Nunes, Conceição Bugres, Clovis Irigaray, Dalva de Barros, Gervane de Paula, Humberto Espindola, João Sebastião, Waldomiro de Deus e Paulo Pires.
Com a curadoria de Daisy Estrá, a mostra traz cruzes diversificadas com técnicas mistas e diferentes suportes, além de reunir artistas das gerações a partir da década de 60 até os dias atuais. A exposição é resultado do projeto do artista Gervane de Paula, intitulado “Sofram Comigo”, e a ideia surgiu enquanto ele confeccionava suas próprias cruzes e convidou outros artistas a criar, resultando em um conjunto de estilos e narrativas com características de cada um deles.
“Não há no projeto uma linha estética engessada e pode-se ver produções mais acadêmicas até arte urbana altamente contestadora e politizada. O que as une no conjunto é a criação de uma espécie de RG artístico da região em que atuam, trazendo nomes de gerações distintas para conversar com a contemporaneidade”, destaca a curadora Daisy Estrá.
Além da mostra temporária, o Museu possui uma exposição permanente com artigos da antiga Catedral do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, peças que pertenceram a Dom Aquino, vestimenta e objetos litúrgicos utilizados pelo Papa João Paulo II, durante sua visita a Cuiabá, e outros atrativos. A exposição agrega 43 réplicas tridimensionais das principais obras do acervo, intitulada ‘Museu de Arte Sacra 3D’, e todas possuem acessibilidade para deficientes visuais.
Serviço:
O Museu de Arte Sacra de Mato Grosso é um dos equipamentos culturais da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel).
Neste fim de semana, o Museu abre as portas no sábado (30.04) e terá entrada gratuita ao público. No domingo (01.05) estará fechado em função do Feriado do Dia Trabalhador.
Está localizado na Praça do Seminário (Santuário Eucarístico Nossa Senhora do Bom Despacho), Rua Clóvis Hugney, 239, bairro Dom Aquino, em Cuiabá.
Funcionamento: Aberto de quarta a domingo, das 9h às 17h.
A entrada custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Site: https://www.museudeartesacra.org.br/
Museu de História Natural de Mato Grosso
Com entrada gratuita aos domingos, o Museu de História Natural de Mato Grosso está instalado na Casa Dom Aquino, que fica na avenida Beira Rio, em Cuiabá. O equipamento cultural da Secel possui exposição permanente composta por um acervo de fósseis de animais da região e artefatos produzidos pelo homem desde a pré-história.
Na área externa, o visitante tem a oportunidade de conhecer a réplica do esqueleto de um Pycnonemosaurus Nevesi, dinossauro que habitava a região da Chapada dos Guimarães durante o período Cretáceo, além de desfrutar de cafeteria e uma extensa área verde com acesso ao rio Cuiabá.
Serviço
O Museu de História Natural de Mato Grosso está localizado na Avenida Beira Rio, nº 2000, bairro Jardim Europa, em Cuiabá.
O funcionamento é de quarta a domingo, das 8h às 18h.
Entrada quarta a sábado é R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia). Entrada aos domingos: gratuita
Site: https://museuhistorianaturalmt.com.br/


MATO GROSSO
Audiência pública sobre obras inacabadas do BRT em Cuiabá é marcada pela ausência do governo estadual

Na tarde desta sexta-feira (14), a Câmara Municipal de Cuiabá sediou uma audiência pública convocada pela Comissão de Obras, com o intuito de discutir os avanços e os desafios das obras do BRT na cidade. Presidida pelo vereador Alex Rodrigues, a audiência contou com a presença dos vereadores Dídimo Vovô, Ildes Taques, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Jefferson Siqueira, Eduardo Magalhães, Paula Calil e Daniel Monteiro.
O evento também reuniu representantes de diversas entidades e órgãos importantes, como Paulo Cesar (Diretor de Trânsito da SEMOB), Kamila Auxiliadora (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Juliano Brustolin (Vice-presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo), Junior Macagnam (Presidente da CDL), Sebastião Belém (Secretaria de Obras Públicas), José Ademir dos Santos Junior (Empresa J. Prime), Pedro Aquino (Presidente da ASSUT – MT e da Associação dos Usuários do Transporte Público de Cuiabá), Álvaro Bezerra (Diretor da ACEC), Nicolau Cesar (Diretor da SEMOB) e Mauro (Pastoral do Imigrante).
Apesar da ampla participação de autoridades e especialistas, a audiência foi marcada por uma ausência significativa: o governo do estado, responsável pelas obras, não enviou nenhum representante. A ausência foi bastante impactante, considerando que foram 45 dias de organização para a devida audiência. A falta de explicações sobre o andamento da obra e os atrasos no cronograma gerou revolta entre os presentes.
O presidente da Comissão de Obras, Alex Rodrigues, não escondeu a frustração com a ausência do governo estadual. “A política seria da resultado, a politicagem não. Gostaríamos de saber pelos responsáveis o prazo, o cronograma e o projeto, mas isso não vai diminuir o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos continuar nosso trabalho e convidá-los para a próxima reunião da comissão de obras”, afirmou Alex Rodrigues, ressaltando que a população está cobrando respostas sobre o andamento da obra. “Quem nos elegeu está cobrando, que é o povo. O povo não está aqui na audiência porque está trabalhando, tem hora para chegar e sair. E o BRT era para ser um auxílio no dia a dia das pessoas”, completou.
Os impactos das obras inacabadas
Os atrasos nas obras do BRT têm gerado sérios impactos no trânsito de Cuiabá, com reflexos visíveis em várias regiões da cidade. A situação é especialmente crítica em avenidas como a do CPA e Fernando Corrêa, onde as obras têm causado congestionamentos e dificultado o deslocamento da população. A Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), um dos principais pontos críticos da obra, ainda não conta com uma solução definitiva para os alagamentos que comprometem a operação dos ônibus elétricos planejados para o sistema.
Além disso, os atrasos têm origem em um impasse entre o governo do estado e o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A. O consórcio, contratado em 2022 por R$468 milhões, afirma que o anteprojeto da obra não previu soluções essenciais, como a macrodrenagem da Prainha, o que tem dificultado a execução do cronograma e gerado mais atrasos.
Propostas de soluções e próximos passos
Durante a audiência, os vereadores presentes reafirmaram seu compromisso em buscar soluções para destravar a obra e atender às necessidades da população cuiabana. Como próximo passo, os membros da Comissão de Obras Públicas realizarão uma visita técnica aos canteiros de obra para avaliar de perto os avanços e os desafios enfrentados pelo projeto.
“Nosso compromisso é com os cuiabanos. Essa obra precisa andar e atender às necessidades da população”, enfatizou Alex Rodrigues. A visita técnica servirá para que os vereadores possam verificar, pessoalmente, o andamento da obra e buscar alternativas para acelerar sua execução.
A audiência pública foi uma tentativa de dar transparência ao processo e de envolver a população nas discussões sobre o futuro do BRT. A participação dos cidadãos é essencial para que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas decisões que impactam o desenvolvimento da cidade. A Câmara Municipal de Cuiabá continuará a realizar reuniões e audiências sobre o tema, buscando uma solução definitiva para as obras inacabadas que afetam o cotidiano dos cuiabanos.
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