MATO GROSSO
Fábio diz que medida do Carrefour desrespeita produção brasileira e alerta para tentativa de submeter produtores a imposições internacionais
MATO GROSSO
O deputado federal e secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Fábio Garcia (UB), respondeu às declarações do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, que anunciou que a rede varejista na França deixará de comercializar carne proveniente do Mercosul. Para Garcia, a medida é um desrespeito à produção brasileira e uma tentativa clara de submeter os produtores nacionais a regras e imposições de países que não conseguem atingir a mesma eficiência produtiva.
Fábio Garcia destacou que essas iniciativas frequentemente surgem mascaradas como preocupação ambiental, mas, na verdade, têm como objetivo proteger os interesses econômicos dos países europeus, que dependem do Brasil para garantir segurança alimentar.
“Criam-se barreiras artificiais para reduzir a competitividade dos nossos produtos, mas a verdade é que o Brasil, especialmente Mato Grosso, é um exemplo global de eficiência e sustentabilidade. Temos mais de 60% do nosso território preservado e uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, o Código Florestal, que garante uma produção sustentável e responsável”, afirmou.
O secretário também criticou a chamada Lei Antidesmatamento da União Europeia, que tenta impor regras superiores às exigências do Código Florestal brasileiro. “Essa é mais uma tentativa de enfraquecer a competitividade do Brasil e deixar nossos produtores reféns de mercados que não possuem capacidade de produzir alimentos suficientes para atender às suas populações”, declarou.
Garcia destacou que o Brasil já atende aos altos padrões sanitários e ambientais exigidos pela União Europeia, com inspeções rigorosas que atestam a qualidade das carnes brasileiras. Além disso, ele mencionou que Mato Grosso, líder na produção de grãos e carnes, é reconhecido por práticas sustentáveis, como o uso de tecnologias de baixo impacto ambiental e programas de rastreabilidade.
“Somos o celeiro do mundo e não iremos aceitar imposições que desvalorizam nossa produção para favorecer interesses econômicos de outros países. O produtor brasileiro, especialmente o mato-grossense, é modelo em eficiência e respeito ao meio ambiente, algo que muitos países europeus, com suas áreas agrícolas limitadas e práticas menos sustentáveis, não conseguem replicar”, ressaltou o secretário.
O secretário ressaltou ainda que o governo de Mato Grosso reafirma seu compromisso com a defesa do agronegócio brasileiro e sua economia, promovendo a sustentabilidade e garantindo que os direitos dos produtores sejam preservados, sem ceder a pressões externas injustas.
Fábio concluiu com um posicionamento firme em defesa da soberania nacional: “Não admitiremos imposições que desrespeitem nossas leis e prejudiquem nossa economia. O Brasil é maior do que isso e continuará liderando o mercado global de alimentos com qualidade, sustentabilidade e respeito às suas próprias regras. Quem perde com essas decisões protecionistas são os consumidores europeus, que ficarão sem acesso aos melhores produtos do mundo”.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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