MATO GROSSO
Fogo dura 39 dias e queimou área de 10 mil campos de futebol
MATO GROSSO
Em chamas há 39 dias, o Parque Estadual Cristalino II (PEC II) teve 7.160 hectares consumidos pelo fogo, o equivalente a mais de 10 mil campos de futebol. Já no entorno do parque, a destruição alcança 10.028 hectares. Desde o 31 de julho, o fogo devasta a unidade, considerada uma das mais importantes áreas de conservação de biodiversidade do mundo e barreira ecológica no Arco do Desmatamento, na Amazônia mato-grossense. Na linha de frente do combate ao fogo, há somente oito brigadistas voluntários. Os dados divulgados foram analisados pelo Instituto Centro de Vida (ICV), com base em informações levantadas pela Nasa.
Edilene Amaral, consultora jurídica do Observatório Socioambiental de Mato Grosso (Observa-MT), destaca o tamanho continental de Mato Grosso e o desafio que é o combate aos incêndios florestais. Mas entendemos que há regiões prioritárias e onde essas ações já são, de certa forma, anunciadas e o Parque Estadual do Cristalino II, sem sombra de dúvida é uma delas. Não vimos nenhum plano de prevenção aos incêndios e tampouco ações emergenciais nos primeiros sinais de que o fogo já estava para alcançar a área. Em certa medida, podemos dizer que há uma omissão estadual na defesa dessa unidade, avaliou.
A consultora frisa que nesta região há um cenário conflituoso de interesses entre a defesa da preservação ambiental e aqueles que invadiram uma terra pública e que buscam, a todo custo, demonstrar uma consolidação antrópica da região. Ações como essa não causam só uma imensidão de danos ambientais, elas têm como objetivo o acirramento dos conflitos fundiários e a ampliação de áreas abertas, cita.
O Cristalino II foi criado em 2001 com 118 mil hectares. Em janeiro de 2011, a Sociedade Comercial e Agropecuária Triângulo pediu a nulidade do decreto de criação. Em abril deste ano, o Tribunal de Justiça deu ganho de causa à empresa. Mas, em junho, a Justiça acatou pedido da Procuradoria Geral do Estado e suspendeu os trâmites da ação que anulou o decreto.
O governo do Estado afirmou, por meio de nota, que o incêndio florestal no Cristalino II e nas propriedades no entorno está extinto deste quarta-feira (04), apesar das imagens aéreas feitas nesta quinta-feira que mostram o fogo. O governo ainda disse que o Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), em Cuiabá, orienta a região a acionar equipes em caso de reignição.
GAZETA DIGITAL
MATO GROSSO
CONCEEL-EMT participa de evento que discute o futuro da energia no Brasil
Os conselheiros do Conselho de Consumidores da Energisa Mato Grosso (CONCEEL-EMT estão participando nesta quinta e sexta-feira (28) do XXV Encontro Nacional de Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica, realizado em Belém. A cidade, que recentemente sediou a COP 30, volta a receber importantes debates sobre energia, sustentabilidade e justiça social. O evento está sendo realizado no Hotel Princesa Louçã.
A participação dos conselheiros do CONCEEL-EMT tem como objetivo acompanhar de perto as discussões e painéis da programação, que este ano tem como tema central: “Mudanças climáticas e justiça energética: desafios e propostas para acesso à energia limpa e preços justos”.
Durante o encontro, os representantes do conselho estão presentes em mesas redondas, apresentações técnicas e diálogos que abordam temas essenciais para o setor elétrico. A iniciativa reúne representantes de todo o país.
“Participar do encontro nacional é fundamental para aprofundar o debate sobre direitos dos consumidores, acompanhar tendências do setor elétrico e contribuir para propostas que promovam justiça energética, sustentabilidade e preços mais equilibrados”, ressaltou o Benedito Paulo de Abreu, vice-presidente do CONCEEL-EMT.
Sobre o CONCEEL-EMT
O conselho tem como objetivo orientar, analisar e opinar sobre questões relacionadas ao fornecimento, às tarifas e à adequação dos serviços prestados ao consumidor final. O conselho não possui relação de subordinação com a distribuidora Energisa/MT e é composto por representantes das seguintes classes de consumo: residencial, comercial, industrial, rural e poder público.