MATO GROSSO
Gefron apreende 47 kg de cocaína e recupera veículo furtado na fronteira com a Bolívia
MATO GROSSO
O Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron) apreendeu 45 tabletes de substância análoga à pasta base de cocaína nesta terça-feira (21.06), durante o patrulhamento em Porto Esperidião (322 km de Cuiabá). Os entorpecentes pesavam, aproximadamente, 47,7 kg e foram avaliados em R$ 858.600,00.
A equipe realizava o patrulhamento nas proximidades da rodovia MT-265, região conhecida como “Biscoito Duro”, quando avistou três indivíduos caminhando por uma região de mata carregando em seus ombros um material com determinado volume.
Ao perceberem que seriam abordados, os suspeitos soltaram o material e tentaram fugir em meio a mata fechada. Entretanto, acabaram capturados.
O trio foi encaminhado à Delegacia de Fronteira (Defron) em Cáceres para as demais providências.
Veículo recuperado
Também em Pontes e Lacerda, durante patrulhamento, equipe do Gefron localizou um veículo Honda Civic Sport CVT, de cor preta, que havia sido roubado em Cuiabá no dia 19 de junho. O carro foi identificado após o motorista ter ignorado a ordem de parada da equipe.
O Gefron fez o acompanhamento do veículo, até que, em determinado momento, o suspeito abandonou o veículo às margens da via, fugindo em região de mata.
Feita a checagem junto ao Centro de Operações Gefron, foi constatado que o veículo é produto de furto. O carro foi encaminhado para Delegacia de Polícia Civil de Pontes e Lacerda para as demais providências.
(Com supervisão de Julia Oviedo)
MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.