MATO GROSSO
Governo apresenta ao setor produtivo tecnologia para aumentar validações do Cadastro Ambiental Rural
MATO GROSSO
REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL
Em uma reunião de trabalho realizada na manhã desta sexta-feira (10/03), a Casa Civil e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) apresentaram aos representantes do setor produtivo mato-grossense a proposta de unificar as bases de dados de uso do solo, para aumentar as validações do Cadastro Ambiental Rural (CAR) em Mato Grosso.
O objetivo é que imagens de satélite de alta resolução sejam utilizadas para aprimorar a plataforma Mapa do CAR, já utilizada pelos responsáveis técnicos há mais de um ano. O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, enfatiza a importância da união de esforços para a implementação da melhoria.
“Queremos que esta seja uma solução feita a muitas mãos, entre o Executivo e o setor privado. Com o CAR sendo validado com informações corretas, estamos alcançando o nosso objetivo de entregar um serviço ambiental com mais eficiência. Estamos trazendo esta ferramenta como uma melhoria após ouvir realmente as demandas e necessidades do setor”, afirma.
A ferramenta propõe que os responsáveis técnicos que utilizarem o Mapa do CAR tenham neste sistema a mesma base de dados geográficos e de áreas consolidadas, ou seja, desmatadas antes de 2008, para facilitar que as informações estejam corretas no momento da análise do processo pela Sema. Esta iniciativa foi analisada e validada pelo setor de Geomonitoramento da Sema.
“O objetivo comum é diminuir as pendências técnicas dos processos, e ampliar a validação de Cadastros, com maior segurança e eficiência. Compartilhamos neste encontro os desafios e soluções para o CAR, para continuar evoluindo nas validação e regularização dos imóveis rurais mato-grossenses”, destaca a secretária.
Vicente Falcão, consultor do Instituto Ação Verde, destaca que essa ferramenta vai resolver os conflitos de interpretação sobre a área ser consolidada, ou não. “Além de trazer a qualidade ao profissional, ainda tem a nitidez da imagem das áreas esclarecendo os pontos importantes para a análise do CAR”.
Ao todo, 1055 técnicos fazem uso constante da ferramenta, que auxiliou na pré-análise e formulação de mais de 16 mil Cadastros. O número de pendências diretamente relacionadas a base de dados diferente atinge 80% dos processos que estão aguardando complementação.
Participaram da agenda representantes do Instituto Ação Verde, Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira, Associação dos Criadores de Mato Grosso, Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão, Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso.
Mapa do CAR
A plataforma está no ar desde 2021, e apoia a construção e confecção do CAR de forma mais ágil e segura. O Mapa do CAR já está disponível no site: www.mapadocar.com.br. A plataforma disponibiliza aos profissionais ferramentas de referência como base de dados geográficos, análise prévia, ferramentas de desenho, entre outros. O desenvolvimento foi feito pelo projeto de Apoio ao Cadastro Ambiental Rural no Estado de Mato Grosso, em uma parceria com o Governo de Estado, Casa Civil, Sema e Instituto Ação Verde.
O CAR é um registro público e obrigatório para todos os imóveis rurais, que possibilita além do controle e monitoramento da atividade produtiva, benefícios aos proprietários que estiverem regulares como financiamento e crédito facilitado.
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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