MATO GROSSO
Governo conhece técnicas para fomentar produção de amendoim em MT
MATO GROSSO
Representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec-MT) participaram da 9ª edição do Circuito do Amendoim, que ocorreu nos dias 30 e 31 de março, em General Cabrera, na Argentina. A visita técnica teve como propósito obter mais conhecimento sobre a oleoginosa, para a inserção da cultura no Estado.
De acordo com o secretário adjunto de Investimentos, Inovação e Sustentabilidade da Sedec, Anderson Lombardi, como a região é referência mundial em produção do maní (amendoim), era preciso ver de perto o formato de produtividade da cultura para identificar a viabilidade para Mato Grosso.
“No Circuito, visualizamos as diversas fases do amendoim, desde o solo de cultivo, a seleção das sementes, a forma de plantio, maquinário, insumos utilizados, volume de produção até o beneficiamento do produto. Informações essenciais para incluir mais essa cultura entre as nossas commodities”, frisa.
A proposta do amendoim para Mato Grosso é de diversificar as culturas existentes, em função da rotatividade de plantio, que pode resultar em até três colheitas por ano.
Lombardi esclarece que as terras e o clima mato-grossenses são apropriados para o cultivo do amendoim, mas há diferenças entre a produção argentina e a pretendida no Estado. Na província de Córdoba, região de maior plantio da oleoginosa no país vizinho, o amendoim é a principal atividade comercial e é feita uma única colheita ao ano. Já em Mato Grosso a cultura pode ser intercalada com outras e ter até três safras anuais, o que torna altamente rentável a adoção da nova cultura.
O tour técnico também se estendeu a empresas fornecedoras de sementes, fabricantes de maquinário, produtores e representantes do Poder Público da região.
Projeto inicial
O primeiro plantio comercial de amendoim em Mato Grosso foi realizado em Nova Ubiratã, em uma área de 1.250 hectares. O município também irá abrigar uma indústria de beneficiamento de amendoim, pertencente ao grupo Beatrice Peanuts, na qual serão investidos 40 milhões de dólares. Para a manutenção das atividades industriais será necessária a produção de 30 mil hectares da oleaginosa.
“Queremos fomentar a cultura do amendoim no Estado, porque é uma atividade lucrativa e que tem muito a ser expandida em Mato Grosso e no Brasil. No último ano, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as exportações do produto cresceram, em média, 5%”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda.
Produção brasileira
Atualmente, 90% da produção brasileira de amendoim está concentrada em São Paulo, que deverá produzir 644,1 mil toneladas da leguminosa na safra 2021/2022. A colheita deverá ser de 700,5 mil toneladas, 17,4% maior que a safra anterior, com um incremento de 1,2% na produtividade. Em 2021, o estado paulista produziu 674 mil toneladas de amendoim em casca, em área de 173 mil hectares.


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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