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Governo de MT desenvolve portal para reinserção de reeducandos no mercado de trabalho

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Para facilitar a gestão de contratação de mão de obra de recuperandos e egressos do Sistema Prisional de Mato Grosso, a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) desenvolveu o Sistema de Emprego do Recuperando (Siner), uma plataforma disponibilizada, via internet, aos órgãos do Poder Executivo e às empresas privadas ou entidades interessadas em fazer as contrações. O portal já tem 3.837 pessoas cadastradas.

A medida consta em decreto publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (27.07). O Siner foi desenvolvido pela Superintendência de Tecnologia de Informação da Seplag. A intermediação das contratações é feita pela Fundação Nova Chance (Funac). O link para acessar o sistema é o https://servicos.seplag.mt.gov.br/siner/.

No site, a empresa ou órgão público encontrará os perfis profissionais disponíveis em todo Estado e preencherá seu cadastro para firmar parceria com a Funac, que é órgão responsável pela reinserção social de pessoas que estão em privação de liberdade .

A Funac realiza todo o processo de contratação do recuperando, desde o cadastro dos dados pessoais até a elaboração do contrato e tudo de uma forma segura, protegendo os dados sensíveis conforme exigido na Lei Geral de Proteção de Dados. A Fundação já firmou 170 termos de cooperação, empregando cerca de 1.700 pessoas.

De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, o sistema irá facilitar a reintegração do cidadão ao convívio social, o que é um fator crucial para que a ressocialização surta efeitos positivos, possibilitando ao recuperando o sustento de sua família por meio do trabalho.

“Essas pessoas têm o direito de serem incorporadas novamente à sociedade com a maior naturalidade possível. Esse convívio social faz com que se sintam motivadas a um novo recomeço por meio do trabalho. Esse é o papel do Estado. Queremos ampliar essas contratações, tanto para órgãos públicos como para empresas privadas”, destaca.

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Para o desembargador Orlando Perri, em um Estado com plena empregabilidade e com escassez de mão de obra, o Siner fomentará a economia e a paz na sociedade.

“A implantação do Siner representará um marco importantíssimo no processo de ressocialização das pessoas apenadas pela justiça criminal na medida em que proporcionará a inserção delas na sociedade por meio da profissionalização e do trabalho, que constituem, ainda hoje, os mais poderosos e eficazes mecanismos de redução da criminalidade”.

Como contratar

Empresas privadas, órgãos ou entidades da administração pública que desejam contratar perfis profissionais por meio dos Programas Vida Nova e Reinserir, também regulamentados pelo mesmo decreto, devem manifestar interesse à Funac por meio de declaração com os dados da empresa, descrição do tipo de trabalho e carga horária, quantidade de egressos necessários, qualificação exigida e outras informações relevantes.

Após a fase documental, a Funac visitará a empresa interessada para verificar se atende aos requisitos de higiene e segurança do trabalho, bem como de equipamentos necessários à execução do serviço, como EPI´s, uniformes e ferramentas.

Além disso, as empresas deverão efetuar o pagamento até o 5º dia útil do mês subsequente de acordo com salário base, fornecer transporte e alimentação, prestar total assistência aos recuperandos e egressos contratados e ofertar qualificação profissional que favoreça o desempenho no trabalho.

Para o presidente da Funac, Winkler de Freitas Teles, o Siner é um importante instrumento para efetivação do trabalho do recuperando. “O decreto que instituiu o Siner e regulamentou esses dois programas vai ampliar a gama de possibilidades e garantir a qualidade do nosso atendimento, além de trazer mais celeridade às contratações. Importante ainda ressaltar que no site o empresário encontra todas as vantagens que o Governo oferece nessas contratações”.

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As empresas participantes terão direito ao recebimento de meio salário mínimo por mês, por egresso contratado, e ficarão isentas do pagamento de férias, 13º salário, FGTS e cálculos rescisórios.

Sobre os Programas Reinserir e Vida Nova

O Programa Reinserir foi sancionado pelo Governador Mauro Mendes em dezembro de 2020 pela Lei Estadual nº 11.260 e busca promover a inserção no mercado de trabalho de pessoas que já cumpriram suas penas (egressos).

Já o Programa Vida Nova oferece a oportunidade para que pessoas que ainda estão cumprindo pena em regime fechado ou semiaberto (recuperandos) possam trabalhar tanto dentro quanto fora do Sistema Prisional.

Conforme o secretário adjunto de Administração Penitenciária, Jean Gonçalves, a regulamentação deve estimular a adesão do setor empresarial mato-grossense à política de ressocialização das pessoas privadas de liberdade com abertura de mais oportunidades de emprego.

“O Governo vem fazendo grandes investimentos para ampliação de vagas no Sistema Prisional e melhoria das condições de trabalho para os servidores do sistema. Em quatro anos, praticamente zeramos o déficit com a abertura de 4.784 vagas no sistema. Paralelamente à preocupação com a infraestrutura, dentro e fora das unidades prisionais, mantemos programas e ações efetivas de acesso dos reeducandos à formação de mão de obra, trabalho e renda”, finalizou.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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