MATO GROSSO
Governo de MT entrega à Politec equipamentos de alto padrão para identificação de drogas
MATO GROSSO
O Governo de Mato Grosso entregou para a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), nesta quinta-feira (02.06), de forma simbólica, 15 equipamentos infravermelhos para identificação de drogas, que serão destinados às gerências de perícia da Capital e do interior do Estado.
Os itens, considerados de alto padrão, foram adquiridos com recursos do programa Mais MT e da Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad) do Governo Federal, na ordem de R$ 5,6 milhões. O investimento na tecnologia dará mais agilidade à segurança pública e ampliará a capacidade analítica oferecida aos peritos oficias criminais.
De acordo com o diretor-geral da Politec, Rubens Sadao Okada, com a entrega dos equipamentos para as gerências de perícia, as amostras de drogas apreendidas pelas forças de segurança no interior do Estado, que antes eram encaminhadas para exame definitivo no laboratório forense da capital, serão periciadas na própria unidade descentralizada, reduzindo o tempo gasto entre o recebimento da solicitação dos exames e a conclusão do laudo definitivo. O exame de drogas como é feito até então, que levava, em média 60 dias (entre o exame preliminar, deslocamento e exame definitivo), será reduzido para até 24 horas.
“Os equipamentos trarão maior celeridade nas investigações e no processo judicial, porque o juiz e o desembargador, em posse do laudo definitivo de drogas, já na audiência de custódia pode tomar a decisão em relação ao custodiado. É um investimento que traz mais agilidade e economicidade, pois todo este material teria que vir para Cuiabá, para poder fazer o exame, e para depois disponibilizar o laudo definitivo”, pontuou.
A implantação da Espectroscopia na Região do Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) nas gerências regionais irá garantir resultados tecnicamente mais confiáveis e em conformidade com os padrões internacionais de identificação forense de drogas, uma vez que o equipamento é classificado como técnica padrão classe A.
A espectrometria faz a analise por meio da frequência de vibração das ligações químicas da molécula, e busca, no banco de dados do próprio equipamento, a identificação da substância, seja ela sólida ou líquida, como entorpecentes, medicamentos e explosivos. Com a máquina, essa análise leva cerca de três minutos entre o preparo da amostra até o resultado.
Por meio do infravermelho, a Politec espera fornecer, no prazo legal, laudos de constatação para subsidiar o inquérito policial e posterior exame definitivo de droga, uma rápida e eficiente resposta ao combate do tráfico e consumo de drogas ilícitas, e a determinação do perfil químico das drogas circulantes do Estado de Mato Grosso.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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