Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

Governo e empresários se unem para levar educação no Estado ao ‘top 5’ do País

Publicados

MATO GROSSO

Em 2021, o grupo de empresários Mato Grosso em Evolução contratou a consultoria Falconi para um diagnóstico sobre a educação no Estado. A descoberta foi meio óbvia – faltava aos alunos a proficiência, ou seja, aprenderem os conteúdos de suas séries -, mas o movimento foi além. Em parceria com o governo estadual, estruturaram uma ampla reforma no sistema de ensino que estabeleceu a meta de colocar a educação do Estado do Mato Grosso como uma das cinco melhores do País, num prazo de dez anos.

A partir daí, foram estabelecidas 30 políticas públicas, sendo a primeira delas o sistema estruturado de ensino. Formado por uma plataforma digital conectada ao material didático, ele abriga também formação de professores, avaliação permanente dos alunos e assessoria pedagógica e de gestão.

O sistema está a cargo da FGV, que participou da licitação realizada no modelo de contrato de impacto social. Nele, a instituição só recebe se forem cumpridas as metas de melhoria da qualidade da educação, verificadas por um auditor externo.

No primeiro teste dos alunos, feito no início do ano passado, a nota média ficou em 4,29 de 10. No fim do ano, havia ido para 5,1, com crescimento de 18,9%. Os primeiros anos do Ensino Fundamental melhoraram sensivelmente o desempenho, enquanto os anos finais do Médio sofreram um pouco mais.

“O Brasil avançou muito no processo que permite acompanhar o aprendizado de forma global, mas não consegue usar essas informações para fazer a gestão pedagógica e melhorar os indicadores”, afirma Henrique Paim, ex-ministro da Educação e diretor do Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV DGPE), que está implantando o projeto inédito.

“A ideia aqui é concentrar no que é mais importante – a aprendizagem dos alunos e a formação dos professores – e deixar a gestão dos equipamentos, como a reforma do telhado, o jardim da escola, o ar condicionado, a cargo do Estado.”

Para o poder público, a ferramenta se tornou uma bússola de trabalho. “Nunca havíamos tido um planejamento de melhoria, nem um estudo técnico que apontasse a deficiência da aprendizagem ou mostrasse para nós, da secretaria, onde estavam nosso gargalo e nossas dificuldades”, diz Nadine Moreira Botelho, secretária adjunta de gestão educacional de Mato Grosso. “Nossa prioridade é a efetividade da aprendizagem do aluno e, em paralelo, temos vários processos que buscam outras melhorias.”

Num primeiro momento, houve uma readequação do orçamento. Segundo Nadine, a secretaria realocou o investimento de formação de professores e material didático, por exemplo, para o sistema estruturado de ensino, no qual já paga por isso. Também aderiu a alguns programas do governo federal que trouxeram verbas, como o de escolas em tempo integral. Com o fôlego inicial do contrato de impacto social, pôde usar os recursos para necessidades urgentes, como reformas e ferramentas de trabalho.

Na prática

Apesar da melhoria nas notas, o primeiro ano de implantação foi difícil. Num Estado com grande extensão territorial, levar material didático bimestralmente a 664 escolas e mais de 320 mil estudantes, em cidades a 800 quilômetros de distância da capital ou a aldeias indígenas, foi um grande desafio logístico. “Hoje entregamos com 15 dias de antecedência do início do bimestre, algo que não conseguíamos fazer com o PNLD (o programa do livro didático do governo federal).”

Leia Também:  Força Tática liberta vítima de sequestro e tortura e prende quatro homens em Várzea Grande

A maior resistência, porém, esteve dentro das salas de aulas e veio tanto de professores quanto dos próprios alunos. “Costumo dizer que educação é o maior espaço de resistência à transformação”, diz Aline de Andrada e Silva, diretora da escola Ulisses Cuiabano, que tem 860 alunos, em Cuiabá. “No tempo da minha avó, a missa era em latim e o padre rezava de costas. Hoje a missa é uma festa, mas o professor quer continuar dando aula do mesmo jeito.”

Um dos principais desafios, diz ela, é quebrar a barreira do planejamento das aulas, antes todo feito em cima do livro didático, para o sistema apostilado e com diferentes recursos tecnológicos. Também submeter os alunos a testes constantes, entender suas dificuldades e atuar imediatamente no problema.

“Eu mesma, que estou na educação há 28 anos e sou uma ‘dinossaura’, no quarto ano de sala não fazia mais planejamento: já sabia de cor o conteúdo de cada série e dava aula no piloto automático”, diz ela. “Também é muito importante sairmos da avaliação punitiva para aquela que nos ajude a entender o que precisamos melhorar.”

Aline não foi a única a enfrentar esse tipo de dificuldade. “Havia resistência às avaliações porque ‘os alunos só iam tirar zero’”, diz Rejane Taques, diretora da escola Elmaz Gattas, em Várzea Grande (MT), em relação à frase que ouviu de um professor. “A verdade é que não havia exigência e sair da zona de conforto gera questionamentos.”

Assim, as reuniões pedagógicas a cada 20 dias foram intensificadas, com metas e iniciativas a serem cumpridas. Na Ulisses Cuiabano, há treinamentos semanais para os professores usarem as plataformas digitais.

“Resolvemos recentemente fazer avaliações no Google Forms para economizar com papel e impressão e foi um chororô: os professores achavam que era muito difícil e não saberiam fazer”, diz Gerson de Souza, coordenador da escola. “Agora, eu só vejo as pessoas elogiando a agilidade porque elas perceberam que não terão de corrigir as provas inteiras já que, nas questões de múltipla escolha, os resultados saem sozinhos. O que gera o preconceito é o desconhecimento.”

Incentivo

Para estimular o engajamento dos educadores, a remuneração também foi reestruturada. “O governo cobra muito, mas muito mais mesmo, mas também ganhamos mais”, afirma Rejane. “Tanto que temos muitos professores de fora do Estado vindo para cá, atraídos pelo salário.” É o caso da coordenadora da Elmaz Gattas, Veslaine Gonçalves, que veio de Goiás pela remuneração maior.

Rejane havia sido diretora de escola anteriormente, mas desistiu da vaga porque não compensava financeiramente. Agora, o processo de seleção para os cargos de gestão é bastante disputado. “O meu salário mesmo, com as gratificações, fica a coisa mais linda do mundo”, diz ela. “Ele dobra.”

Com a readequação do orçamento para educação, a secretaria conseguiu alocar verbas à infraestrutura das escolas. Assim, 120 unidades estão sendo reformadas, com investimentos de R$ 268 milhões. Na Elmaz Gattas, visitada pela reportagem, tapumes cobriam metade do terreno e os alunos seriam transferidos temporariamente para um prédio alugado, durante a ampliação. Na volta, a ideia é que TVs de 60 polegadas sejam instaladas em todas as salas para ajudar o uso das ferramentas interativas. Algumas escolas já passaram por esse processo.

Leia Também:  MRV vai devolver taxas e indenizar comprador de imóvel

O fornecimento de materiais permeia as políticas integradas de educação. Os professores foram os primeiros a receber verba pública para a compra de computadores e uso de internet, ainda durante a pandemia. As escolas passaram a contar com chromebooks, uma espécie de notebook que roda sem software proprietário, que são agendados para uso em sala de aula.

Já os alunos do primeiro ano do ensino médio passaram a ter à disposição um chromebook e internet para cada um – e aí há um exemplo claro do desafio enfrentado pelos educadores. “Os alunos gostam mesmo é do TikTok”, afirma Aline. “Agora, criar a cultura de usar o computador como aprendizado, não é brincadeira.”

Isso porque a cessão do equipamento e da internet está condicionada a duas horas diárias de exercícios a serem feitos no contraturno. Na Ulisses Cuiabano, por exemplo, havia 100 chromebooks à disposição dos alunos. A adesão, num primeiro momento, foi de apenas 30 deles. Mesmo com vários esforços, ainda hoje, 20 alunos não quiseram aderir ao sistema.

A realidade social também pesa. Durante a visita da reportagem nas duas escolas – que estão entre as melhores do Estado -, crianças fizeram com as mãos o C e o V, símbolo do Comando Vermelho, diversas vezes, assim que viam o fotógrafo levantando a câmera.

A situação não é ignorada pelos educadores. “Atendemos aqui crianças de regiões que têm forte presença do Comando Vermelho”, diz Aline, que pediu aos alunos pararem com o “CV” na hora da foto. “É com eles que disputamos e temos de tornar a escola muito mais interessante do que qualquer atrativo externo.”

Sorvetes e brindes

Entre as diferentes formas de engajar os alunos, principalmente nas avaliações que agora são obrigatórias e fazem parte das notas, são oferecidos pequenos prêmios – como brindes e sorvetadas. “Teve uma avaliação que a escola inteira se engajou e eu me lasquei na sorvetada”, diz Rejane, rindo. “Já prometi que os dez primeiros no Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) vão comer lanche no Burger King.”

Essa foi uma maneira de estimular a participação dos alunos e a começar a criar a cultura de avaliações. Até então, Mato Grosso tinha participação tão baixa no Saeb que não conseguia o número mínimo de alunos para fazer parte do sistema. “A avaliação é um termômetro da qualidade do aprendizado e os alunos não vinham à escola nas provas, os pais não mandavam os filhos, ninguém dava importância”, afirma Letícia Ceron, superintendente de Educação Básica da Secretaria de Educação.

“Buscamos criar o ritmo e a cultura das avaliações e andamos muito desde o ano passado.” No último teste bimestral, a adesão que superou 94% foi comemorada.

Outra forma de estímulo aos alunos foi um programa que teve como prêmio um curso de inglês na Inglaterra, dado aos melhores 100 estudantes da rede pública. Além de aulas, passagem e moradia, eles ganhavam 200 libras para gastar por semana. No próximo ano, a expectativa é que 200 sejam enviados.

Fonte: Governo MT – MT

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

De filho para pai: Cacildis é símbolo de amor e memória no Dia dos Pais

Publicados

em

No Dia dos Pais, a cerveja Cacildis se destaca como mais que uma homenagem: ela é um verdadeiro elo entre gerações, reforçando lembranças, afetos e histórias. Criada por Sandro Gomes, filho do eterno Mussum, a marca – pertencente ao Grupo Petrópolis, maior cervejaria com capital 100% nacional -, é parte importante do resgate e manutenção da história de Antônio Carlos Bernardes Gomes, não somente como artista, mas, também, enquanto pai.
Sandro conta que seu pai era bastante amoroso, presente e preocupado com o dia a dia da família, apesar de ter uma agenda completamente corrida. De humor ímpar até dentro de casa, Mussum era muito protetor, cobrava os estudos e transmitia valores de respeito ao próximo. “Lembram dele como Mussum, sendo um dos mais marcantes artistas do Brasil. Mas, para mim, sempre foi ‘meu pai’. A criação da Cacildis não foi somente pela história da pessoa pública, mas, também, como uma forma de manter o legado dele enquanto esposo e pai de cinco filhos”, conta Sandro.

De origem humilde, Mussum nasceu no Rio de Janeiro, em 7 de abril de 1941, no Morro da Cachoeirinha. Formou-se sargento na Aeronáutica e, posteriormente, foi um dos fundadores do grupo Os Originais do Samba, nos anos 60. Com seu carisma natural e jeito irreverente, o grupo chegou ao sucesso e ajudou a consolidar um estilo musical que misturava samba raiz com doses de bom humor, marcando época na música brasileira. Em 1974, recebeu o convite para integrar Os Trapalhões, assim se dividindo, até 1981, entre o samba e a comédia.

“Meu pai desenvolveu uma linguagem cômica totalmente atemporal, podendo ser compreendida facilmente mesmo 30 anos depois de sua partida. Quando, em parceria com o Diogo Mello, criei a Cadildis, o objetivo era dar continuidade ao universo e as memórias que ele criou lá atrás”, explica Sandro.

Uma cerveja com alma – e histórias pra contar
A Cacildis foi criada em 2013, um ano após a fundação da “Brassaria Ampolis” – uma combinação entre “brasserie” (local onde se faz a brassagem da cerveja) e “Ampolis”, termo usado pelo Mussum para se referir a garrafa de cerveja. Desde então, a marca cresceu e se transformou em uma verdadeira família com rótulos que homenageiam o vocabulário irreverente do artista.

Leia Também:  Empreendedora cria marca de sapatilhas, aprimora negócio com apoio da Desenvolve MT e vende até para o exterior

Nem só de Cacildis vive o suco de cevadis
Puro malte, com predomínio do malte e lúpulo no aroma. Cacildis é uma cerveja de sabor intenso e refrescante, que nasceu com o desejo da família em criar um produto verdadeiramente diferenciado, feito de forma artesanal e, ao mesmo tempo, popular. O nome é uma homenagem direta ao bordão que Mussum criou ao transformar a expressão “Cacilda!” em “Cacildis!”. O jeito peculiar de falar caiu no gosto do público, virou marca registrada do humorista, inspirando não só o nome da cerveja, mas toda a sua comunicação.
A marca conta com uma família de cervejas que também carregam a alma e o jeito de ser do Mussum. A Biritis (2013), primeira da linha, possui estilo Vienna Larger de baixa fermentação, com coloração alaranjada e um aroma de lúpulo moderado. Já a Ditriguis (2015), é uma witbier (estilo belga) – uma cerveja de trigo diferenciada –, com um inusitado toque de pimenta-da-Jamaica que traz elegância e dá a ela sabores e aromas únicos, refrescantes e surpreendentes. A Forévis (2016) é uma Session IPA arrojada, cítrica, equilibrada e refrescante – perfeita para quem busca leveza com personalidade.

Há outros produtos que integram essa “familis”, como a “Aveludadis” – uma IPA lançada para celebrar os 80 anos de Mussum -, a “Biritis Antonio Carlis” – produzida em edição limitada no dia 7 de abril, aniversário do Mussum, com rótulos numerados de 1 a 2 mil -, a “Chilli Peppis” – uma American Lager, com um toque picante, que se destaca tanto no aroma quanto no sabor – e a “Cacildis Dry Stoutis” – com notas de café, pão tostado e chocolate.

Bar do Mussum: memória vida e samba no pé
Além das cervejas, o universo Cacidils ganhou um ponto físico cheio de significado: o Bar do Mussum. Localizado no Shopping Nova América, em Del Castilho, no Rio de Janeiro, o espaço foi inaugurado em 2023 e oferece ao público um ambiente repleto de memórias afetivas, com fotos, frases icônicas e elementos marcantes da trajetória do humorista, além de muito samba ao vivo.

Leia Também:  Defesa de Lucas Ferraz tem cinco dias para apresentar alegações finais antes do veredito

Bar do Mussum, localizado no Rio de Janeiro. Foto: divulgação
No cardápio, clássicos de boteco e uma seleção especial de bebidas – com destaque para a cerveja Cacildis –, garantem a combinação perfeita para quem quer celebrar o legado do humorista com “mé geladis” e petiscos. Bolinho de feijoada, torresmo, calabresa acebolada, pastéis e mandioca frita harmonizam perfeitamente com o amargor suave e corpo leve de Cacildis, deixando cada brinde ainda mais especial.

Cerveja, samba e boas lembranças
Cacildis também está no universo musical. A marca conta com um perfil oficial no Spotify e reúne clássicos do samba e do pagode, como Fundo de Quintal, Originais do Samba, Beth Carvalho e, claro, Mumuzinho. Para ouvir a seleção de músicas, acesse Cacildis no Spotify.

SOBRE A CACILDIS – Fundada em 2013 por Sandro Gomes e Diogo Mello, a cerveja Cacildis é uma homenagem ao saudoso humorista Mussum e conta com quatro rótulos fixos: Cacildis, Biritis, Ditriguis e Forévis. Desde 2017, a marca faz parte do portfólio do Grupo Petrópolis. Saiba mais sobre essas cervejas em @cervejacacildis.

SOBRE O GRUPO PETRÓPOLIS – O Grupo Petrópolis é a única grande empresa do setor cervejeiro com capital 100% nacional. Produz as marcas de cerveja Itaipava, Petra, Black Princess, Cacildis, Vold X, Cabaré, Weltenburger, Crystal e Lokal; a cachaça Cabaré; a vodca Nordka; as bebidas mistas Fest Drinks by Itaipava, Crystal Ice, Cabaré Ice e Blue Spirit Ice; os energéticos TNT Energy e Magneto; os refrigerantes It!, Tik Tok e a Tônica Petra; a bebida esportiva TNT Sport Drink; e a água mineral Petra. O Grupo possui oito fábricas em seis estados e mais de 140 Centros de Distribuição em todo o País, sendo responsável pela geração de mais de 22 mil empregos diretos. Saiba mais em www.grupopetropolis.com.br e no perfil @grupo.petropolis nas redes sociais.
Para mais informações:
Néctar Comunicação Corporativa – grupopetropolis@nectarc.com.br

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA