MATO GROSSO
Governo investe em obras de recuperação para garantir qualidade de rodovias
MATO GROSSO
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) já lançou quatro licitações para realizar obras de recuperação de rodovias estaduais em Mato Grosso em 2022. Os editais publicados preveem a recuperação de 256 km de estradas, com um investimento previsto de R$ 110 milhões.
Nesta semana, a Sinfra-MT publicou a licitação para restaurar a MT-251, entre o Mirante de Chapada dos Guimarães e o Posto Gardez, no entroncamento com a MT-140. O trecho a ser recuperado tem uma extensão de 51,1 km e a obra está orçada em R$ 12,1 milhões.
Esta obra será mais um investimento em estradas na região de Chapada dos Guimarães, já que o Estado também está recuperando a MT-251 entre o município e Cuiabá.
As outras licitações publicadas em 2022 para a recuperação de rodovias são as da MT-040/361, entre Santo Antônio do Leverger e Barão de Melgaço; da MT-170 entre Juína e Castanheira; e da MT-339, entre Glória D’Oeste e São José dos Quatro Marcos.
“As obras de restauração do asfalto são necessárias para garantir a trafegabilidade nas rodovias e preservar a malha rodoviária estadual. Mato Grosso é um Estado com crescente produção agrícola e trânsito cada vez mais intenso de carretas, o que aumenta o desgaste do pavimento”, pontuou o secretário de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso, Marcelo de Oliveira.
Obras iniciadas
Na última quinta-feira (10.03), o governador Mauro Mendes esteve em Sinop, onde assinou a ordem de serviço para início das obras de recuperação de duas estradas: a MT-225, entre Vera e a BR-163, e das MTs 443 e 487, a partir da BR-163. O investimento para essas obras será de R$ 20,2 milhões, com a recuperação de 87 km de rodovias.
Outras recuperações
A Sinfra-MT trabalha atualmente para lançar outras obras de recuperação de asfalto. Entre as licitações que serão publicadas em breve estão a recuperação da MT-170, entre Brasnorte e Juína, as restaurações das MTs 206 e 208, na região de Alta Floresta e a MT-423, entre Sinop e Cláudia.
A expectativa, segundo o secretário Marcelo de Oliveira, é que até o fim de maio a Sinfra-MT tenha 28 obras de restauração em andamento.
MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.