MATO GROSSO
Governo lança ferramenta para mensurar qualidade de vida e orientar políticas públicas
MATO GROSSO
O ICQV-MT nasceu no âmbito do projeto do Zoneamento Socioeconômico Ecológico (ZSEE), devido à necessidade de se criar um indicador que pudesse medir as condições socioeconômicas dos municípios mato-grossenses.
O resultado alcançado foi tão positivo que ganhou destaque para ser conduzido de forma independente do ZSEE, já que consegue fornecer uma visão ainda mais precisa e detalhada das realidades locais, tornando-se uma forte ferramenta para orientar as políticas públicas.
O secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, afirmou que a ferramenta gera subsídios para o acompanhamento e monitoramento do processo de gestão das políticas públicas em nível estadual e municipal e é fundamental para a tomada de decisões em políticas públicas.
“O ICQV-MT é uma ferramenta essencial para orientar a elaboração e implementação dos próximos Planos Plurianuais, tanto do Estado quanto dos municípios, pois ele promove uma abordagem mais informativa e eficiente. Nós selecionamos indicadores e os distribuímos por setores para sintetizarmos esse índice”, pontuou.
Para capturar a complexa dinâmica socioeconômica dos municípios mato-grossenses, 26 indicadores foram selecionados e distribuídos em quatro dimensões setoriais (econômica, educação, saúde e segurança) que por sua vez foram sintetizados no ICQV- MT.
Esses indicadores são utilizados para criar rankings setoriais e uma categoria de classificação final, que permitem uma interpretação das condições e da qualidade de vida da população nos municípios de Mato Grosso. Isso proporciona uma visão significativa sobre como as políticas públicas afetam diretamente o bem-estar dos cidadãos nesse contexto regional.
“Esta versão do ICQV-MT traz revisões e inovações metodológicas na elaboração do índice, partindo do pressuposto de que a mensuração da condição e qualidade de vida deve considerar diferentes aspectos socioeconômicos de forma interdependente, sem os hierarquizar, ou seja, as dimensões sociais são tão importantes quanto as dimensões econômicas”, comentou Rafael Mazetto, um dos analistas responsáveis pelo trabalho e chefe da Unidade Estratégica de Difusão de Informações Socioeconômicas da Seplag.
Ao oferecer evidências, o ICQV-MT pode contribuir para uma compreensão mais aprofundada dos problemas sociais. Isso, por sua vez, leva os gestores a refletir mais profundamente sobre as decisões que precisam ser tomadas em relação a essas políticas públicas.
“O ICQV-MT não traz uma receita pronta de como resolver gargalos das políticas públicas, mas oferece evidências que levam a qualificar as possíveis perguntas com uma abordagem mais informada e criteriosa na busca por decisões que impactem positivamente a qualidade de vida da população em Mato Grosso”, explica o secretário adjunto de Planejamento e Governo Digital da Seplag, Sandro Brandão.
O ICQV-MT está disponível no portal DADOS MT, site com informações de acesso público produzidas por órgãos e entidades estaduais e federais.
Sob a supervisão de D’Laila Borges
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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