MATO GROSSO
Homem é preso pela PM por agredir enteada de 12 anos em Várzea Grande
MATO GROSSO
Segundo a vítima, as agressões eram constantes em sua residência.
Policiais militares de Várzea Grande prenderam um homem, de 33 anos, pelo crime de lesão corporal, motivado por violência doméstica, na noite desta segunda-feira (04.11). O suspeito foi preso em flagrante depois de ser denunciado por agredir sua enteada de 12 anos.
Por volta de 20h, a equipe militar foi acionada para verificar uma denúncia de violência doméstica, no bairro Residencial Júlio Domingos de Campos. No local, os policiais encontraram a vítima acolhida na casa de vizinhos.
Em depoimento à PM, a menor afirmou que foi agredida pelo seu padrasto e que não seria a primeira vez que o fato ocorria, sendo as agressões uma situação recorrente.
A vítima ainda disse que sua mãe seria testemunha dos fatos e que defendia as atitudes do suspeito.
A adolescente foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) por se queixar de dores no corpo.
Em seguida, os policiais foram até a residência do suspeito e fizeram a prisão do agressor, que foi conduzido para a Central de Flagrantes de Várzea Grande para registro da ocorrência. O caso está em investigação pela Polícia Judiciária Civil.
Disque-denúncia
A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190, ou disque-denúncia 0800.065.3939.
MATO GROSSO
Justiça defere pedido de recuperação judicial de irmãos do agro com dívidas de R$ 126 milhões
A justiça de Mato Grosso deferiu o pedido de recuperação judicial dos irmãos José Fuscaldi Cecílio Neto e Pedro Augusto Oliveira Cecílio, ambos produtores rurais e proprietários do “Grupo JPA”. A decisão é do juiz da 4ª Vara Cível de Rondonópolis, Renan Carlos Leão Pereira do Nascimento, que aceitou o pedido dos produtores que somam passivo superior a R$ 126milhões. A decisão visa possibilitar a reestruturação financeira do grupo, que enfrenta uma série de dificuldades econômicas decorrentes de uma combinação de fatores internos e externos.
O “Grupo JPA” possui uma atuação consolidada no setor agropecuário, com foco na produção agrícola e pecuária. Seus negócios se estendem nos estados de Mato Grosso, Pará e Goiás, onde os irmãos possuem atividade com lavoura de grãos e na criação de gado. O grupo, que há anos vem gerando empregos e impulsionando a economia local, busca agora encontrar um caminho para superar a crise financeira e preservar a continuidade de suas operações.
Com o deferimento da recuperação judicial, foi nomeado o Dr. Samuel Franco Dalia Neto como administrador judicial. Ele será o responsável por supervisionar e orientar todo o processo de reorganização financeira da empresa.
A advogada Ramirhis Laura Xavier, do Grupo ERS, enfatizou que a recuperação judicial é uma ferramenta importante para empresas que enfrentam dificuldades financeiras, permitindo a reestruturação das suas operações e a continuidade dos seus negócios. “A recuperação judicial é um meio eficaz para que as empresas enfrentem momentos de crise e, com o devido planejamento adequado e o apoio das partes envolvidas, é possível superar a situação e retomar a trajetória de crescimento”, declarou a advogada.
Agora, com a decisão judicial, o “Grupo JPA” iniciará o cumprimento dos trâmites legais, com o objetivo de reestruturar sua dívida e garantir a continuidade de suas operações. O processo de recuperação judicial busca não apenas resolver as questões financeiras, mas também preservar os empregos gerados pelo grupo e assegurar a estabilidade da empresa no competitivo mercado agropecuário.
O advogado especialista em recuperação judicial Allison Giuliano Franco e Sousa destaca que 2025 pode ser o ano com maior número na história de recuperações judiciais no agronegócio. Ele explica que a alta do dólar alavancou o preço dos insumos agrícolas, e o preço das commodities não acompanhou essa alta. “Essa diferença entre custo de produção e venda dos produtos vai causar um aumento no endividamento dos produtores, e a recuperação judicial é e será a melhor ferramenta para salvar o negócio neste período”, explicou.
Crise
No pedido de recuperação a empresa afirmou que a perda significativa da safra não apenas comprometeu a receita esperada, mas também afetou o planejamento financeiro e operacional do grupo. A impossibilidade de recuperar os custos de produção e a pressão para atender às necessidades financeiras das operações agrícolas tornaram o cenário ainda mais desafiador.
Com a desvalorização da soja no mercado, os irmãos tiveram que vender ativos da pecuária para resolver os passivos, mas os altos juros e aumento de custos dificultaram ainda mais a situação. Também houve perdas de 300 hectares de milho na safrinha por falta de chuvas no período final de desenvolvimento da cultura na temporada passada.
Atualmente o Grupo tem como principal atividade a pecuária, com criação de gado em ciclo completo. Além disso, cultiva cerca de 1,5 mil hectares de soja e milho.
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