MATO GROSSO
Indea de Mato Grosso é referência nacional em fiscalização de sementes e mudas
MATO GROSSO
O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) é referência nacional na fiscalização de sementes e mudas. É o único estado que formou Acordo de Cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ainda em 2016, para assumir essa tarefa, cuja incumbência é do Governo Federal.
O exemplo de Mato Grosso foi apontado pela coordenadora-geral de Sementes e Mudas do Mapa, Virgínia Arantes Ferreira Carpi, para os demais estados, durante a palestra sobre a Delegação de Competências para Fiscalização, na 7ª Conferência Nacional de Defesa Agropecuária, em Belo Horizonte (MG).
“Os órgãos estaduais têm uma capilaridade maior do que o Mapa. No caso do Indea/MT, há um corpo técnico robusto, os resultados dos trabalhos de fiscalização são maiores e contribui para a regularidade do sistema”, argumentou. A partir de agora, o Mapa vai firmar, por meio de portaria de adesão, a Delegação da Fiscalização. Contudo, há resistência dos estados, que cobram recursos por parte do Ministério, para assumir novas competências.
O responsável pelos fiscalização de Sementes e Mudas do Indea/MT, Edson Francisco de Cunha Ramos, apresentou o case do instituto durante a Conferência Nacional. O diferencial de Mato Grosso foi o interesse da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) em desejar que o Indea assumisse a atribuição. Por meio do Fundo Mato-grossense de Apoio à Cultura da Semente (FASE), as ações de fiscalização são custeadas com recursos próprios.
Edson lembrou que no início houve resistência dos produtores rurais, pois o Indea criou um sistema de controle sobre a quantidade de sementes a ser utilizada e plantada para uso no próximo ciclo agrícola e a área de plantio.
Quando ainda sob responsabilidade do Mapa, na safra 2015/2016 foram informados 79 mil hectares com uso de sementes próprias dos produtores. Quando o Indea assumiu e levantou os dados, por meio de formulário próprio obrigatório, a área informada subiu para 158 mil hectares na mesma safra.
“A partir de 2016, a reserva do material teria que ser feita no estado. Ainda sim, a gente teve alguns problemas com o usuário de semente. Antes eles anexavam a documentação e encaminhava, muitas vezes, pelos Correios ao Ministério da Agricultura, para realizar o cadastro da reserva. A partir daquele ano, o Indea passou a exigir comprovação desse documento e, por meio dele, fiscalizar o usuário, para saber se ele estava usando a cultivar informada e a forma do armazenamento. A gente já está indo para o sexto ano com este trabalho”, disse Edson.
Também participaram da apresentação sobre o Indea/MT, a presidente da autarquia, Emanuele Almeida; o diretor técnico, Renan Tomazele; e a coordenadora de Sanidade Vegetal, Silvana Amaral


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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