MATO GROSSO
Interventor exonera membros da Empresa Cuiabana de Saúde e nomeia substitutos em policlínicas, UPAs e HMC
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Em edição extra do Diário Oficial do Estado divulgada nesta quarta-feira (4), o interventor Hugo Felipe Lima realizou mais uma série de demissões na Secretaria Municipal de Saúde. Ao total, foram 11 exonerações, entre eles coordenadores, gerentes e diretores de UPAs, policlínicas, unidades de saúde da família e funcionários da Empresa Cuiabana de Saúde.
Na terça-feira (3), o governador Mauro Mendes (UNIÃO) se reuniu com o interventor e foi avisado sobre os problemas encontrados na pasta. Além do rombo de R$ 350 milhões e falta de medicamentos, insumos e profissionais, Hugo Felipe destacou o aumento de contratos.
“Apesar da precariedade na prestação do serviço ao cidadão, é emblemática a constatação de que, no período de 6 anos, houve um aumento de 115% no número de contratados temporários na saúde, saltando de 2.075 para 4.452 (dados do Portal da Transparência da Prefeitura de Cuiabá). No mesmo período, entretanto, a população cuiabana cresceu 10,1%”, ressaltou o interventor.
Com isso, em publicação extra do Diário Oficial, os nomes exonerados foram expostos. Perderam os cargos Bettina Paula Ferreira Silva Santos, que respondia pela Coordenadoria Administrativa; Thaissa Cardoso Mendonça Haponiuk, que estava como Coordenadora de Gestão de Pessoas; Luiz Carlos Rodrigues de Mesquita, que estava à frente da Coordenadoria Técnico de Gestão de Pessoas; Marinete de Oliveira Ribeiro, que cuidava da Coordenadoria Técnico de Supervisão Regional Rural; além de Edemir Cláudio Xavier, que era Coordenador Técnico Administrativo do HPSMC; Bruno Oliveira Brandão, que respondia como Gerente de Faturamento do HPSMC; Giovani Anderson Rosa Moya Coenga, que ocupava o cargo de Coordenador de Equipamentos do HPSMC; Jacimeiry dos Santos de Oliveira, que era nomeada como Assessor Técnico do HPSMC; e Regiane Ramos de Queiroz, que cuidava da Gerência de Apoio Logístico do HPSMC.
Esses nomes se juntam a Walyson Felis Seba de Souza, Gerente de Apoio Diag. e Terapêutico do HPSMC; Isabella Francisca Machado, Gestão Direção e Assessoramento; Marilene Padilha da Costa Mendonça, Coordenadora Técnica de Controle e Avaliação; Fabrício Carvalho de Sousa Fabian, Coordenador Técnico de Supervisão Regional Norte; Luis Guilherme Vieira Barros, Coordenador Técnico UPA Norte; Murilo Oliveira de Amorim, Coordenador Técnico Policlínica do Verdão; Aluísio José Ferreira Miranda, Coordenador Técnico da Policlínica do Planalto; e XII- Wille Márcio Nascimento Calazans, Coordenador Técnico de Atenção Secundária.
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Audiência pública sobre obras inacabadas do BRT em Cuiabá é marcada pela ausência do governo estadual

Na tarde desta sexta-feira (14), a Câmara Municipal de Cuiabá sediou uma audiência pública convocada pela Comissão de Obras, com o intuito de discutir os avanços e os desafios das obras do BRT na cidade. Presidida pelo vereador Alex Rodrigues, a audiência contou com a presença dos vereadores Dídimo Vovô, Ildes Taques, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Jefferson Siqueira, Eduardo Magalhães, Paula Calil e Daniel Monteiro.
O evento também reuniu representantes de diversas entidades e órgãos importantes, como Paulo Cesar (Diretor de Trânsito da SEMOB), Kamila Auxiliadora (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Juliano Brustolin (Vice-presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo), Junior Macagnam (Presidente da CDL), Sebastião Belém (Secretaria de Obras Públicas), José Ademir dos Santos Junior (Empresa J. Prime), Pedro Aquino (Presidente da ASSUT – MT e da Associação dos Usuários do Transporte Público de Cuiabá), Álvaro Bezerra (Diretor da ACEC), Nicolau Cesar (Diretor da SEMOB) e Mauro (Pastoral do Imigrante).
Apesar da ampla participação de autoridades e especialistas, a audiência foi marcada por uma ausência significativa: o governo do estado, responsável pelas obras, não enviou nenhum representante. A ausência foi bastante impactante, considerando que foram 45 dias de organização para a devida audiência. A falta de explicações sobre o andamento da obra e os atrasos no cronograma gerou revolta entre os presentes.
O presidente da Comissão de Obras, Alex Rodrigues, não escondeu a frustração com a ausência do governo estadual. “A política seria da resultado, a politicagem não. Gostaríamos de saber pelos responsáveis o prazo, o cronograma e o projeto, mas isso não vai diminuir o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos continuar nosso trabalho e convidá-los para a próxima reunião da comissão de obras”, afirmou Alex Rodrigues, ressaltando que a população está cobrando respostas sobre o andamento da obra. “Quem nos elegeu está cobrando, que é o povo. O povo não está aqui na audiência porque está trabalhando, tem hora para chegar e sair. E o BRT era para ser um auxílio no dia a dia das pessoas”, completou.
Os impactos das obras inacabadas
Os atrasos nas obras do BRT têm gerado sérios impactos no trânsito de Cuiabá, com reflexos visíveis em várias regiões da cidade. A situação é especialmente crítica em avenidas como a do CPA e Fernando Corrêa, onde as obras têm causado congestionamentos e dificultado o deslocamento da população. A Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), um dos principais pontos críticos da obra, ainda não conta com uma solução definitiva para os alagamentos que comprometem a operação dos ônibus elétricos planejados para o sistema.
Além disso, os atrasos têm origem em um impasse entre o governo do estado e o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A. O consórcio, contratado em 2022 por R$468 milhões, afirma que o anteprojeto da obra não previu soluções essenciais, como a macrodrenagem da Prainha, o que tem dificultado a execução do cronograma e gerado mais atrasos.
Propostas de soluções e próximos passos
Durante a audiência, os vereadores presentes reafirmaram seu compromisso em buscar soluções para destravar a obra e atender às necessidades da população cuiabana. Como próximo passo, os membros da Comissão de Obras Públicas realizarão uma visita técnica aos canteiros de obra para avaliar de perto os avanços e os desafios enfrentados pelo projeto.
“Nosso compromisso é com os cuiabanos. Essa obra precisa andar e atender às necessidades da população”, enfatizou Alex Rodrigues. A visita técnica servirá para que os vereadores possam verificar, pessoalmente, o andamento da obra e buscar alternativas para acelerar sua execução.
A audiência pública foi uma tentativa de dar transparência ao processo e de envolver a população nas discussões sobre o futuro do BRT. A participação dos cidadãos é essencial para que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas decisões que impactam o desenvolvimento da cidade. A Câmara Municipal de Cuiabá continuará a realizar reuniões e audiências sobre o tema, buscando uma solução definitiva para as obras inacabadas que afetam o cotidiano dos cuiabanos.
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