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Jayme Campos denuncia cartel no mercado de carne e acusa Ministério da Agricultura de favorecimento

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O senador Jayme Campos, representante do estado de Mato Grosso, fez uma denúncia no Senado Federal, acusando o controle de 80% do mercado de carne no Brasil por parte de uma “verdadeira quadrilha” de empresas nacionais. O parlamentar alega que essas empresas também estão sendo favorecidas pelo Ministério da Agricultura durante o processo de credenciamento para exportação de carne para a China, o maior importador de carne brasileira.

De acordo com Campos, o mercado de carne no país está altamente concentrado nas mãos de apenas três empresas, o que ele descreve como um “cartel da carne”. Ele ressaltou a importância de uma investigação aprofundada sobre essas alegações, destacando que a situação é prejudicial à economia e à imagem do Brasil no mercado internacional.

Uma das evidências apresentadas pelo senador é o caso de um frigorífico em Diamantino, Mato Grosso, que foi habilitado para exportação à China, mas que atualmente está fechado devido a um incêndio de grandes proporções. Jayme Campos questionou como um estabelecimento sem atividade poderia ser credenciado, levantando preocupações sobre a integridade do processo de seleção dos frigoríficos habilitados para exportação.

O senador classificou essas ações como “crime de lesa pátria” e instou o Brasil a combater a corrupção e garantir que o país seja reconhecido por sua seriedade e ética nos negócios internacionais.

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As denúncias de Campos ecoam as preocupações levantadas anteriormente pelo deputado Alberto Fraga, do Distrito Federal. Fraga também acusou o Ministério da Agricultura de estar envolvido em um suposto cartel na escolha dos frigoríficos brasileiros habilitados para exportar carne bovina. Ele alegou que o chefe do Ministério, Carlos Fávaro, estaria por trás dessa suposta manipulação.

Segundo o deputado, vários frigoríficos que haviam investido recursos para obter a habilitação foram surpreendentemente excluídos da lista, enquanto novos nomes surgiram repentinamente. Ele alega que essa mudança súbita na lista não se deve à meritocracia, mas sim a acordos obscuros e influência financeira.

Fraga expressou sua indignação com a situação, descrevendo-a como “uma vergonha” e “um escárnio”, e destacou a necessidade de se combater a corrupção no processo de exportação de carne brasileira.

 

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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