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Juiz converte em preventiva prisão de servidor acusado de matar jovem em praça de Cuiabá

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O juiz Jurandir Florêncio de Castilho Júnior, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, converteu o flagrante do agente municipal de saúde, Carlos Eduardo Silva Bello Ribeiro, 27 anos, em prisão preventiva. A decisão é desta quinta-feira (3).

Carlos Eduardo foi preso pela Delegacia de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta quarta-feira (2), depois de matar Gabriel Carrijo Gonçalves, de 20 anos, em uma praça do bairro Recanto dos Pássaros, em Cuiabá. O acusado alega legítima defesa, mas há informações de que ele teria uma dívida de R$ 1 mil com o tráfico de drogas da região. 

Na decisão, Florêncio verificou que há prova de materialidade e indícios suficientes de autoria. Além disso, considerou os depoimentos dos policiais civis e testemunhas que presenciaram Carlos Eduardo arrastando o corpo de Carrijo para a mata ao lado da praça. Outro ponto é a confissão do agente municipal de saúde.

O juiz pontua também que a ordem pública será abalada se Carlos Eduardo permanecer em liberdade, diante da gravidade do crime.

Sobre a alegação de legítima defesa, o magistrado lembra que Carlos Eduardo ocultou o cadáver da vítima.

“Torna no mínimo duvidosa a excludente de ilicitude aventada, além de constituir indício de que o flagrado pode ter tentado trazer embaraços às investigações e à elucidação do fato, o que também justifica, neste momento, a manutenção da prisão por conveniência da instrução criminal e para a garantia da aplicação da lei penal, pois, com o flagranteado detido, a polícia terá melhores condições de apurar o ocorrido”, diz trecho da decisão.

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Sendo assim, Carlos Eduardo seguiu para uma unidade penitenciária da capital.

Versão de Carlos Eduardo

A versão de Carlos Eduardo é de que ele estaria na praça fumando um cigarro de maconha, quando teria sido abordado por Gabriel. O jovem teria conversado com o agente municipal por alguns minutos, até colocar uma faca na cintura de Carlos Eduardo e anunciar um assalto.

Gabriel, conforme relato de Carlos Eduardo, teria pedido que ele entregasse o tênis que usava, carteira e celular. No entanto, Carlos Eduardo reagiu, pegou a faca da mão do rapaz e eles iniciaram uma luta corporal. Carlos Eduardo então desferiu um golpe no pescoço de Gabriel, arrastou o corpo até o matagal e depois fugiu.

Conversas de WhatsApp

Conversas de WhasApp revelam que o agente municipal de saúde devia cerca de R$ 1 mil a um traficante da região do bairro Recanto dos Pássaros, em Cuiabá. Os relatos são de que Carrijo teria ido até a praça realizar a cobrança da dívida, mas acabou morto. 

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As conversas do aplicativo de mensagens mostram uma terceira pessoa pedindo para Gabriel Carrijo colocar Carlos Eduardo (KD 2) em um grupo. Quem faz o pedido afirma que teria sido bloqueado pelo servidor, que deve a ele R$ 1 mil.

Já em uma segunda conversa Carrijo cobra Carlos Eduardo e ameaça denunciá-lo a facção criminosa Comando Vermelho, caso ele não pague o que deve ao traficante. “Uma moagem toda vez para pagar dinheiro […] Você até agora tá levando o boi, só com conversa fiada”, diz algumas mensagens atribuídas a Carrijo que teriam sido enviadas a Carlos Eduardo por volta de 19h47.

Em uma mensagem que teria sido enviada por Carlos Eduardo às 5h49, ele diz: “Vou soltar tu agr de manhã”. Na sequência, ele sai do grupo. Uma câmera de segurança que filmou a briga e o homicídio mostra que Carrijo chegou a praça por volta de 7h23. 

FONTE/ REPOST: FABIANA MENDES – OLHAR DIRETO 

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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

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Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

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Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

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Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

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