MATO GROSSO
Justiça dá 10 dias para Governo do Estado apresentar convocação para Policiais Penais do concurso de 2016
MATO GROSSO
Prazo foi determinado em audiência de conciliação entre Sindspen-MT e Governo do Estado
O Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sindspen-MT) e o Governo Estado entraram em acordo para o chamamento dos policiais penais aprovados no concurso público de 2016. O Estado deverá apresentar até o dia 22 de setembro o cronograma para a convocação dos candidatos. O acordo foi firmado durante audiência de conciliação realizada na tarde desta terça-feira (12.09) no Fórum de Cuiabá.
De acordo com o secretário geral do Sindspen-MT, Lucivaldo Vieira, apesar do prazo determinado, a audiência não teve o desfecho aguardado pelo sindicato. “Não foi o que esperávamos, o ideal seria que o Governo apresentasse ao menos uma proposta para suprir as necessidades de algumas situações emergenciais. Tais como no Complexo Penitenciário Ahmenon, em Várzea Grande, na Penitenciária Central do Estado (PCE) aqui em Cuiabá, e nas unidades do interior como em Sorriso, Água Boa, Alta floresta, entre outras. Agora nos resta esperar que o Estado cumpra com o determinado e apresente no prazo de 10 dias o cronograma”, ponderou.
O presidente do Sindspen-MT, Amaury Neves alertou sobre o prazo para que os aprovados não percam suas vagas. “Nos preocupamos muito com este período, pois sabemos que o policial penal precisa de um tempo para passar por um período de capacitação, e este concurso é válido somente até junho de 2024. Se esse chamamento se prolongar até novembro deste ano, por exemplo, não haverá tempo hábil para o processo”, pontuou.
*_Ação na Justiça_*
A audiência de conciliação é desdobramento de uma ação na justiça movida pelo Sindspen-MT que cobra do Governo do Estado a convocação dos candidatos aprovados no concurso Sejudh/2016 para suprir o déficit de servidores nas unidades prisionais do Estado. A Defensoria Pública do Estado e a Ordem dos Advogados do Brasil Secção de Mato Grosso (OAB-MT) entraram como interessadas no processo.
Em agosto deste ano o juiz titular da Vara Especializada em Ações Coletivas, Bruno D’Oliveira Marques, determinou em decisão liminar que o governo estadual adotasse as providências necessárias para proceder com a imediata nomeação dos 492 candidatos aprovados no concurso.
Segundo o Sindicato existe a necessidade de convocação imediata destes Policiais para que todas as unidades prisionais de Mato Grosso alcancem a proporção mínima adotada como parâmetro pelo Conselho Nacional de Polícia Criminal e Penitenciária (CNPCP).
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Setor agropecuário apoia veto ao PLC 18/24
Aprovado recentemente na Assembleia Legislativa, o PLC 18/24 vem causando um grande debate na sociedade em virtude de uma potencial autorização de abertura de áreas que ele poderia vir a promover, caso sancionado. Como a proposta legislativa atua diretamente nos trabalhos do setor agropecuário, de pronto criou-se a equivocada ideia de que a proposta tenha sido oriunda dos produtores rurais.
Há, por isso mesmo, a necessidade de se lançar algumas luzes sobre o tema. Inicialmente, é preciso dizer que, de fato, há muito tempo o setor agropecuário vem solicitando normas mais claras e justas no que diz respeito ao tipo de vegetação. Os critérios atuais deixam mais margens para dúvidas que para certezas, e isso gera insegurança jurídica para o produtor e para o corpo técnico da Secretaria de Meio Ambiente. Assim, é imperioso que se tenham normas mais claras.
Desta forma, quando a Assembleia Legislativa resolveu fazer os estudos para que se criasse um substitutivo integral ao projeto original, de autoria do Governo, e enfrentar esse problema, para o setor foi, sim, uma medida de interesse. É de suma importância que o assunto seja discutido, de fato, e a Casa de Leis é o local primordial para o debate acontecer.
O setor agropecuário reconhece todo o trabalho realizado pelo Deputado Nininho e de seu esforço no sentido de buscar regras mais claras, mas também reconhece que a redação final do projeto o tornou inexequível em termos ambientais, motivo pelo qual concordou plenamente com a sugestão de veto tratada em reunião com o governador do Estado. Aliás, não apenas o setor agropecuário concordou com a necessidade do veto, mas até mesmo o Deputado Nininho, autor do texto aprovado, juntamente com outros representantes da Assembleia Legislativa anuíram com ele.
É de suma importância ressaltar que o setor agropecuário tem muito interesse em participar da construção de normas que promovam o desenvolvimento sustentável de nosso Estado. Mas, repetimos, é fundamental que existam normas claras e que promovam segurança jurídica para os produtores e técnicos.
Por concordar com isso é que o governador Mauro Mendes determinou que seja criada uma comissão a ser coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente, para que se estude uma redação que guarde respeito ao Código Florestal Nacional, inclusive com a decisão mais recente do STF sobre alguns dispositivos que estavam suspensos desde a publicação da lei, e que agora foram declarados constitucionais.
Ressaltamos a importância da ALMT em colocar esse tema em debate. A provocação foi feita. O Governo acertou em vetar e o setor agropecuário o apoia nesse veto. Agora é hora de a sociedade buscar entender, de fato, a questão e fazer o debate. E que seja um debate técnico, justo e que prime pela sustentabilidade aliada à produção.
Artigo de posicionamento sobre o veto do PLC 18/24 do Fórum Agro MT, Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Organização das Cooperativas do Brasil – Mato Grosso (OCB/MT), Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir).