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Leilão da Imcopa: Justiça lança edital de oferta pública por ativos da empresa

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Com lance mínimo R$ 1,7 bilhão, dinheiro do leilão será depositado em juízo, para garantir pagamento de credores e dívidas tributárias. Compradores estarão livres de quaisquer ônus relativos à companhia

Após a Justiça marcar o leilão da Imcopa – com data para 3 de julho de 2025 -, a 26ª Vara Cível e Empresarial Regional do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba (PR) lançou o edital de oferta pública sobre os ativos da empresa, que traz as regras e outras informações sobre a venda das Unidades de Produção da companhia.

O edital destaca que há três unidades de produção à venda: a UPI Araucária, a UPI Cambé e a UPI Marca Leve (marca de óleo), e detalha como os ativos podem ser negociados: de forma individual ou conjunta, por meio do processo competitivo e abertura de envelopes. Vale destacar, ainda, os valores mínimos para cada uma das UPIs: Araucária R$ 900 milhões, Cambé R$ 750 milhões e Marca Leve R$ 27 milhões.

O dinheiro arrecado no leilão será depositado em juízo e utilizado para pagamentos de credores, tributos e impostos. Após o leilão, os compradores dos ativos estarão livres de quaisquer ônus, sejam de natureza ambiental, regulatória, administrativa, penal, anticorrupção, tributária e trabalhista.

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A Imcopa é uma empresa com 60 anos de história, conta com duas plantas industriais no Estado do Paraná – em Araucária e em Cambé. A empresa é uma das líderes mundiais no processamento da soja transgênica. As plantas da companhia têm capacidade de esmagar 1,5 milhão de toneladas de soja ao ano, e capacidade de produção de proteína concentrada de soja de 240 mil toneladas por ano, além de poder envasar 80 mil garrafas de óleo de soja refinado por hora. A empresa produz a marca de óleo de soja Leve, uma das mais relevantes do mercado.

Entenda o caso

A Imcopa é uma processadora de soja que entrou em recuperação judicial em 2013. A família Faria, acionista do Grupo Petrópolis, decidiu fazer um investimento na compra dos créditos (dívidas) da Imcopa e de cotas societárias da empresa.

Na ocasião, a família Faria optou por uma forma indireta de investimento. Em 2014, foram aportados recursos da família em uma holding administrada por Ruy Del Gaiso e Renato Mazzucchelli, criada exclusivamente para a Imcopa.

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A partir de 2018, teve início uma longa batalha judicial, no Brasil e em Luxemburgo, para garantir a posse e a gestão da Imcopa. Os gestores contratados para cuidar do ativo fraudaram documentos para afastar a família Faria do negócio.

Os dois gestores foram afastados pela Justiça, sob suspeita de desvio de recursos e outros delitos, que estão sendo investigados criminalmente no Brasil e em Luxemburgo. Em 2024, a Justiça determinou que a gestão da Imcopa retornaria à família acionista do Grupo Petrópolis e, uma vez definida a titularidade dos créditos e das cotas da empresa, o leilão da Imcopa pôde enfim ser marcado para o dia 3 de julho de 2025.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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